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01-Contra Capa Vol 29 nº 49 - Senado Federal

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ANAIS DO SENADO FEDERAL<br />

OUTUBRO 2005<br />

37164 Quinta-feira 27 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Outubro de 2005<br />

O Sr. Ramez Tebet (PMDB – MS) – <strong>Senado</strong>r<br />

Paulo Paim, V. Exª me honra concedendo-me um aparte<br />

no momento em que V. Exª, com tanta eloqüência,<br />

defende os seus pontos de vista, com os quais, na<br />

sua quase integralidade, eu concordo. Mas permitame<br />

V. Exª comentar sobre essa parte dos municípios.<br />

Não, eu acho que não é incentivar os sonegadores se<br />

ajudarmos os nossos Prefeitos, até porque, em várias<br />

negociações feitas pelo INSS com as prefeituras,<br />

o INSS obrigou a prestações exageradas, <strong>Senado</strong>r<br />

Paulo Paim, que quebram qualquer Município. Isso<br />

não é possível. Por que não ajudar os Municípios?<br />

Nisso, acho que vou discordar de V. Exª. Mas defendo<br />

o ponto de vista de V. Exª no sentido de que, <strong>Senado</strong>r<br />

Paulo Paim – mais uma vez, quero dizer que entendo<br />

V. Exª – aqueles precatórios pequenos têm de ser<br />

pagos imediatamente, sob pena de haver prejuízos<br />

às pessoas mais humildes e mais necessitadas. Sou<br />

também a favor do aumento der 1% do FPM, mas não<br />

como está acontecendo. Vamos fazer o possível para<br />

ajudar os Municípios brasileiros.<br />

O SR. PAULO PAIM (Bloco/PT – RS) – Sr. Presidente,<br />

penso que este é um debate positivo. Ninguém<br />

quer fazer obstrução aqui. Ninguém fará obstrução. Mas,<br />

Sr. Presidente, se aumentássemos em 1%, conforme já<br />

votado por este <strong>Senado</strong>, na reforma tributária, o Fundo<br />

de Participação dos Municípios, ajudaria muito mais<br />

os Municípios do que prorrogar por 20 anos.<br />

V. Exª sabe que eles não poderão pagar, que essa<br />

história é permanente. Já aprovamos aqui no Congresso,<br />

ao longo desses 20 anos, mais de dez anistias nesse<br />

mesmo molde com a palavra renegociação.<br />

Quero dizer que não tenho nada contra; pelo<br />

contrário, faço parte da Frente Municipalista. Quero, e<br />

muito, ajudar os Prefeitos, mas eu tinha que dar destaque<br />

às minhas preocupações com relação à questão<br />

dos aposentados e pensionistas.<br />

Por que, Sr. Presidente, que a gente não...<br />

(Interrupção do som.)<br />

O SR. PRESIDENTE (Edison Lobão. PFL – MA)<br />

– Peço a V. Exª que conclua.<br />

O SR. PAULO PAIM (Bloco/PT – RS) – ...um projeto<br />

tripartite, com poder deliberativo para a Previdência.<br />

Porque um tema como esse passaria por esse fórum:<br />

aposentado, trabalhador, empregador e o Estado. Se<br />

esse fórum, com poder deliberativo, atendesse a essa<br />

demanda, nos daria muito mais tranqüilidade.<br />

Mas a minha preocupação é que, na hora efetivamente<br />

do reajuste dos 22 milhões de aposentados<br />

e pensionistas e do salário mínimo, a história seja a<br />

mesma: não há condição de aumentar, porque a Previdência<br />

está com problema.<br />

O SR. LEONEL PAVAN (PSDB – SC) – Pela ordem,<br />

Presidente.<br />

O SR. PRESIDENTE (Edison Lobão. PFL – MA)<br />

– V. Exª está inscrito, em seguida ao <strong>Senado</strong>r Rodolpho<br />

Tourinho.<br />

O SR. JOSÉ JORGE (PFL – PE) – E eu?<br />

O SR. PRESIDENTE (Edison Lobão. PFL – MA)<br />

– Também? Já chamei V. Exª três vezes. Chamarei a<br />

quarta, com muito prazer.<br />

<strong>Senado</strong>r Rodolpho Tourinho, depois <strong>Senado</strong>r José<br />

Jorge e, em seguida, <strong>Senado</strong>r Leonel Pavan.<br />

O SR. RODOLPHO TOURINHO (PFL – BA. Para<br />

discutir. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, fui<br />

incumbido pelo meu Partido de fazer uma avaliação do<br />

texto que acaba de chegar da ex-Medida Provisória.<br />

Preciso chamar a atenção para alguns pontos,<br />

mesmo que não tenha podido completar, <strong>Senado</strong>r José<br />

Agripino, essa análise toda, mas para que não passe<br />

despercebido que esta é seguramente – já disse ontem<br />

e repito hoje – a pior forma de se discutir matéria tributária:<br />

por meio de medida provisória, com substitutivo<br />

sendo entregue na hora em que temos que avaliar.<br />

Gostaria de alinhavar alguns pontos além dos<br />

que já citei ontem, porque considero importantes deixar<br />

registrados. Em alguns casos, eu não sei o que<br />

representam, mas, em outros, eu sei.<br />

O primeiro ponto é em relação ao art. 11, em<br />

que foi incluída – e estou fazendo uma comparação<br />

aqui, <strong>Senado</strong>r Agripino, junto com o que aprovamos<br />

há pouco tempo, para ser coerente – uma modificação.<br />

Há uma retirada no ex-art. 37, agora art. 38, que<br />

me parece extremamente grave, porque isso faz parte<br />

de uma lei que foi editada em 2002 e cujo objetivo era<br />

conseguir atrair investidores para sua empresa, sem<br />

que, quando se fizesse uma avaliação real dos bens,<br />

para ele entrar como sócio, tivesse que pagar esse<br />

ágio que se estivesse cobrando ao fisco.<br />

Essa é uma lei de 2002, que foi alterada agora,<br />

retroativamente, para que isso seja pago não mais<br />

quando o bem for vendido, quando o investimento for<br />

vendido, mas cobrando para trás, em cinco parcelas<br />

anuais, como se fosse um crediário que se estabelecesse<br />

no passado.<br />

Em termos de mercado, isso me parece um absurdo.<br />

Do ponto de vista legal, penso que é extremamente<br />

questionável esse ponto. Penso que essa não é a forma<br />

de se tratar uma matéria tributária, não é a forma de se<br />

tratar outra vez aquilo que se pretende fazer no País,<br />

e que é tão importante, que é investimento.<br />

Além de todas as incertezas regulatórias que<br />

existem, nós temos essa capacidade de ir acrescentando<br />

dúvidas e mais dúvidas na cabeça dos investidores.<br />

Mas existem outros pontos, no art. 14, em que se

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