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01-Contra Capa Vol 29 nº 49 - Senado Federal

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276<br />

ANAIS DO SENADO FEDERAL<br />

OUTUBRO 2005<br />

Outubro de 2005 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 28 37305<br />

Industrializados – 0,5% – para as instituições federais<br />

de ensino superior na Amazônia. Ora, Sr. Presidente,<br />

0,5% é muito pouco que se tira da arrecadação federal<br />

para se destinar às instituições federais – e aí se incluem<br />

as universidades e os centros federais de ensino<br />

tecnológico. Pois bem, essa PEC está mofando na Câmara.<br />

Será que é porque os Deputados da Amazônia<br />

não têm interesse? Será que é porque os Deputados<br />

das outras regiões estão brecando? Não. Não acredito.<br />

Há algo por trás disso que não tem explicação.<br />

Outro assunto, polêmico, mas que é apenas aprovação<br />

de um plebiscito – já que agora saímos de um<br />

plebiscito para decidir se faríamos ou não a proibição<br />

da fabricação e venda de armas , está na Câmara há<br />

vários anos. E há também alguns projetos de minha<br />

autoria, aprovados aqui pelo <strong>Senado</strong>, que tratam de<br />

convocar plebiscito. Vejam bem: não é ainda criar o<br />

Estado, mas convocar plebiscito para ver se a população<br />

concorda ou não que se criem novos Estados<br />

na Amazônia. E quais são os Estados que se está<br />

propondo sejam redivididos? Eu vou repetir: está se<br />

tentando permitir que a população diga se quer ou não<br />

quer. Quais são eles? São o Estado do Tapajós, no<br />

oeste do Pará – o que é uma luta centenária naquela<br />

região –, e três territórios federais no oeste do Estado<br />

do Amazonas. E é bom lembrar aqui que o Amazonas<br />

sozinho é maior do que os sete Estados do Sul e<br />

Sudeste juntos, e, portanto, é um Estado gigantesco,<br />

fazendo fronteira com países problemáticos como a<br />

Colômbia, o Peru, a Venezuela. No entanto, não se<br />

aprovam esses projetos lá na Câmara, e são decretos<br />

legislativos para convocar o plebiscito, e não para criar<br />

o Estado. Não anda!<br />

Outro projeto de minha autoria aprovado aqui é o<br />

que cria um adicional tarifário para a aviação regional.<br />

Na origem, eu o apresentei para a aviação regional na<br />

Amazônia. Por quê? Porque uma aviação regional na<br />

Amazônia é muito mais um serviço social do que um<br />

empreendimento comercial. Depois se ampliou para<br />

todas as regiões. Quer dizer, não só regional da Amazônia,<br />

mas todas as regionais: do Nordeste, do Centro-Oeste<br />

e até do Sul. Pois bem, esse projeto também<br />

não anda na Câmara. As iniciativas parlamentares não<br />

caminham.<br />

Outro projeto meu não aprovado ainda é o que<br />

autoriza o Poder Executivo – vejam bem, autoriza só;<br />

quer dizer, o Presidente faz quando ele quiser –,a criar<br />

um colégio militar em Roraima, e o <strong>Senado</strong>r Tião Viana,<br />

como Relator, acrescentou Rio Branco, no Estado<br />

do Acre – um em Roraima e outro no Acre. No Brasil,<br />

praticamente todos os colégios militares, com exceção<br />

de um em Manaus, estão localizados na Região Nordeste,<br />

Sul e Sudeste e aqui no Distrito <strong>Federal</strong>. Então,<br />

criar um colégio militar na Amazônia é até um ato de<br />

brasilidade. Não se aprova. Um projeto autorizativo.<br />

No entanto, quando o projeto é de iniciativa do<br />

Poder Executivo, isto é, do Presidente da República,<br />

vem para cá ou sob forma de medida provisória ou<br />

com regime de urgência constitucional, e nós temos<br />

que aprovar.<br />

Então, eu fico inconformado de como o Legislador<br />

querer, conhecendo a minha região, querer mudar.<br />

Quer dizer, na campanha do Presidente Lula, eu<br />

ouvi uma frase que me empolgou – talvez tenha sido<br />

a frase que me levou a votar nele no segundo turno,<br />

porque, no primeiro turno, não votei nele; votei no Ministro<br />

Ciro Gomes. Uma frase me empolgou a votar<br />

nele: foi quando ele disse que precisávamos dizer o<br />

que era possível fazer na Amazônia, porque até aqui<br />

só se dizia o que não se pode fazer na Amazônia. No<br />

entanto, eu não vi isso até agora, principalmente quando<br />

a iniciativa é Parlamentar.<br />

Ouço, com muito prazer, o <strong>Senado</strong>r Ramez Tebet.<br />

O Sr. Ramez Tebet (PMDB – MS) – <strong>Senado</strong>r Mozarildo<br />

Cavalcanti, sou muito impressionado, sinceramente,<br />

com as atividades que as Forças Armadas, no<br />

caso específico, o Exército brasileiro realiza em favor<br />

da comunidade. Tudo que é feito é bom, pode acreditar.<br />

Quando eles tinham recursos para colocar o seu<br />

batalhão de engenharia no reparo, na construção de<br />

estradas, eles cumpriam essa missão. Mas a missão<br />

maior que eu vejo é a história daqueles que passaram<br />

por colégios militares. Grandes vultos nacionais<br />

tiveram assento nos bancos dos colégios militares. A<br />

Região Amazônica é uma região do nosso País muito<br />

desprotegida, como V. Exª tem salientado. Precisamos<br />

defender a Amazônia, precisamos fazer alguma coisa<br />

por ela, e fazer pelo processo educativo. Eu fui Relator<br />

do Projeto Sivam. Na época, era um projeto altamente<br />

condenado. Eu enxerguei naquele projeto algo de<br />

soberania nacional. Enxerguei a possibilidade de educação<br />

a distância, de termos, a partir dali, um projeto<br />

de desenvolvimento para a Amazônia; e enfrentei e<br />

acabou o projeto sendo aprovado, e está lá o Sivam/<br />

Sipam funcionando – e poderia até estar funcionando<br />

melhor se maiores recursos lhe fossem dados. Quero<br />

endossar esse pleito de V. Exª e do <strong>Senado</strong>r Tião Viana<br />

para que se implantem colégios eleitorais lá. Tenho dito<br />

aqui, <strong>Senado</strong>r Mozarildo Cavalcanti, que esse Programa<br />

Primeiro Emprego não foi para frente, mas que iria<br />

se os recursos a ele destinados fossem entregues às<br />

Forças Armadas pra recrutar aqueles brasileiros que<br />

querem servir ao seu País. Tomara que esse decreto<br />

legislativo abra os olhos do Poder Executivo e ele,

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