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01-Contra Capa Vol 29 nº 49 - Senado Federal

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OUTUBRO 2005<br />

ANAIS DO SENADO FEDERAL<br />

675<br />

37768 Terça-feira 1º DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Novembro de 2005<br />

Na verdade, não foi apenas um discurso, mas<br />

justamente discurso de uma das <strong>Senado</strong>ras que considero<br />

das mais agradáveis aqui, sempre das mais<br />

gentis e cordiais.<br />

Pois bem, a revista Veja nomeou uma série de<br />

indícios graves, fez relação de um avião Seneca, que<br />

esteve aqui, que saiu no dia tal, que chegou no dia tal<br />

a Campinas, partindo em tal hora e chegando em tal<br />

hora, com um carro de uma pessoa tal, chamada tal;<br />

um motorista identificado por esse nome pegou esse<br />

dinheiro e levou para... O desmentido seria ir ao DAC e<br />

ver se existiu esse avião decolando nesse dia, chegando<br />

ao aeroporto nesse dia. O <strong>Senado</strong>r Romeu Tuma,<br />

que tem uma vasta experiência nessa área, sabe que<br />

é facílimo chegar lá e desmentir: não existiu esse vôo,<br />

não existiu esse carro...<br />

O SR. PRESIDENTE (Romeu Tuma. PFL – SP)<br />

– (Intervenção fora do microfone.)<br />

O SR. TASSO JEREISSATI (PSDB – CE) – Heim?<br />

Não pode apagar. Exatamente.<br />

O que vimos foi uma série de discursos, <strong>Senado</strong>r,<br />

em que se chegou a falar na Alca, em uma grande trama<br />

que passou pela Alca, pelos desmandos da Alca,<br />

pela dominação do americano Bush, pelo Chávez, por<br />

Cuba, contra a triangulação Chávez-Cuba, etc; falouse<br />

do trabalho em conjunto de revolução, etc., para tirar<br />

a legitimidade da reportagem. E nós estamos aqui<br />

dizendo que não é por aí.<br />

Vamos desfazer os indícios...<br />

<strong>Senado</strong>r Arthur Virgílio, parece que a <strong>Senado</strong>ra<br />

Ana Júlia pediu que V. Exª dê um aparte por ela.<br />

A Srª Ana Júlia Carepa (Bloco/PT – PA. Fora<br />

do microfone.) – <strong>Senado</strong>r Tasso Jereissati, pedi para<br />

avisá-lo que vou ter que me retirar agora... Foi isso.<br />

Sendo respeitosa com V. Exª.<br />

O Sr. Arthur Virgílio (PSDB – AM) – <strong>Senado</strong>r<br />

Tasso Jereissati, V. Exª se referiu a Vavá e a Raul. Talvez<br />

Raul faça pior do que Vavá, porque não tem, por<br />

exemplo, a revista Veja para tomar conta das estripulias<br />

dele. Os cartazes...<br />

O SR. TASSO JEREISSATI (PSDB – CE) – Eu<br />

já estou com medo é de levar uma pancada da Veja<br />

semana que vem, porque é assim. Mas acontece...<br />

O Sr. Arthur Virgílio (PSDB – AM) – Se der<br />

pancada na gente, é da democracia. Temos o direito<br />

de fazer tudo, processar a revista, mandar uma carta<br />

respondendo. Mas a democracia é isso, feita de erros<br />

e acertos. O pior de tudo era a Veja ficar amordaçada.<br />

Isso é o que nós não queremos, porque lutamos durante<br />

21 anos do regime militar para que ela pudesse acertar<br />

e errar. Ela e os demais órgãos da imprensa brasileira.<br />

Agora, os cartazes do <strong>Senado</strong>r Jorge Bornhausen não<br />

foram inventados não; foram coisas do PT. O Ministro<br />

do Trabalho, aquele alegre lá, o Marinho, disse que Bor-<br />

nhausen seria nazista; imediatamente um apaniguado<br />

dele vai, não sei se com dinheiro público, e faz uma<br />

cartaz denegrindo o <strong>Senado</strong>r Bornhausen. Mostra que<br />

essa gente é totalitária. Mas eu queria colaborar com o<br />

seu pronunciamento, dizendo uma coisa bem simples,<br />

<strong>Senado</strong>r Jereissati. Veja bem, digamos que se confirme<br />

essa história do dinheiro de Cuba. Vai se confirmar<br />

com o dinheiro? Não, porque gastaram. Com recibo?<br />

Não, porque não deram. Vai se confirmar com os links,<br />

ouvindo todos os arrolados. Aí se confirma – ou não.<br />

Será que não foi por isso, em agradecimento a isso,<br />

que o Governo brasileiro teve aquele gesto péssimo,<br />

em sua política externa, de, nos foros internacionais,<br />

justificar o assassinato daqueles quatro jovens que estavam<br />

fugindo de Cuba? Eles arrancaram da boca do<br />

tubarão os jovens ali, numa jangada precária, levaram<br />

para Cuba e, sem julgamento, sumariamente, fuzilaram<br />

os quatro rapazes. O mundo democrático todo se<br />

estarreceu. Alguns intelectuais aqui fizeram uma... Eu<br />

deploro muito isso, pessoas que admirávamos tanto,<br />

mas conseguiram encontrar... Meu Deus do Céu, eu,<br />

na juventude, justifiquei tanto Cuba; tem gente que envelheceu<br />

justificando Cuba até hoje. Vamos ser claros:<br />

Fidel Castro não passa de um assassino. Sua ditadura<br />

é tão sórdida quanto qualquer ditadura de direita, de<br />

centro, de lado, de costa, de bola, de rebola, de carambola.<br />

É uma ditadura assassina, ponto. Como, aliás,<br />

são geralmente assassinas todas as ditaduras. Por isso<br />

elas querem abaixo o Estado de Direito. Porque elas<br />

querem o direito até de assassinar, para que não se<br />

lhes denunciem as mazelas. Mas, então, o Brasil vai e<br />

justifica a posição de Cuba. Será que foi só burrice da<br />

sua política externa? Será que foi falta de sensibilidade<br />

em relação a direitos humanos? Ou era o financiado<br />

pagando um favor ao financiador?<br />

O fato é que o Brasil ficou muito malvisto, procurando<br />

argumentos que justificassem o assassinato<br />

bárbaro, sem julgamento, sumário, de quatro jovens<br />

que não queriam nem derrubar o Fidel Castro, queriam<br />

fugir do regime de Castro. Era essa a minha contribuição<br />

ao seu discurso.<br />

O SR. TASSO JEREISSATI (PSDB – CE) – Muito<br />

obrigado, <strong>Senado</strong>r Arthur Virgílio.<br />

Obrigado, Presidente.<br />

O SR. PRESIDENTE (Romeu Tuma. PSDB – SP)<br />

– V. Ex.ª terminou, <strong>Senado</strong>r?<br />

O SR. TASSO JEREISSATI (PSDB – CE) – Terminei.<br />

O SR. PRESIDENTE (Romeu Tuma. PSDB – SP)<br />

– Com a palavra o <strong>Senado</strong>r Arthur Virgílio por quinze<br />

minutos.<br />

O SR. ARTHUR VIRGÍLIO (PSDB – AM. Pronuncia<br />

o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) –

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