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01-Contra Capa Vol 29 nº 49 - Senado Federal

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OUTUBRO 2005<br />

ANAIS DO SENADO FEDERAL<br />

6<strong>49</strong><br />

37742 Terça-feira 1º DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Novembro de 2005<br />

Poderes: uma busca de equilíbrio que traga harmonia<br />

e não dependência, subserviência, humilhação. É<br />

assim que entendo o equilíbrio de forças, um freando<br />

o outro. Apenas complementando a experiência e a<br />

sabedoria de V. Exª, que é grande, cito Mitterrand, de<br />

onde nasceram a democracia, a liberdade, a igualdade,<br />

a fraternidade, de onde Montesquieu estabeleceu<br />

a divisão de poderes tripartite. Mitterrand, no fim da<br />

vida, com câncer, escreveu no último livro, dando uma<br />

mensagem aos governantes – ah, se o Lula ouvisse<br />

essa mensagem! –, que, se voltasse, o mais importante<br />

seria fortalecer os contrapoderes. E vemos, cada<br />

vez mais, o Poder Executivo dominar tudo. E foi assim<br />

que Roma caiu; é assim que o Brasil está caindo no<br />

Governo do PT de Lula.<br />

O SR. CRISTOVAM BUARQUE (PDT – DF) –<br />

Agradeço ao <strong>Senado</strong>r Mão Santa e diria que, mais do<br />

que a cada um de nós, seria bom que o Presidente<br />

Lula ouvisse a voz da alma coletiva do povo brasileiro<br />

e que nós também ouvíssemos isso aqui! (Palmas<br />

na galeria.)<br />

A SRA. PRESIDENTE (Serys Slhessarenko. Bloco/PT<br />

– MT) – Em atendimento à questão de ordem<br />

levantada pelo <strong>Senado</strong>r Arthur Virgílio, comunico a<br />

S. Exª que seu requerimento sobre o Sr. Ailton Alves<br />

Feitosa foi encaminhado pela Mesa do <strong>Senado</strong> no dia<br />

24 de outubro ao Ministro da Justiça, Márcio Thomaz<br />

Bastos, pelo 2º Vice-Presidente Tião Viana. Ainda não<br />

houve resposta, <strong>Senado</strong>r.<br />

O SR. DEMÓSTENES TORRES (PFL – GO) – Srª<br />

Presidente, pela ordem.<br />

O SR. ARTHUR VIRGÍLIO (PSDB – AM) – Srª<br />

Presidente, pela ordem.<br />

A SRA. PRESIDENTE (Serys Slhessarenko. Bloco/PT<br />

– MT) – Pela ordem, concedo a palavra ao <strong>Senado</strong>r<br />

Arthur Virgílio.<br />

O SR. ARTHUR VIRGÍLIO (PSDB – AM. Pela<br />

ordem. Sem revisão do orador.) – Srª Presidente, também<br />

fiz o requerimento pedindo proteção de vida aos<br />

irmãos do prefeito assassinado Celso Daniel.<br />

A SRA. PRESIDENTE (Serys Slhessarenko. Bloco/PT<br />

– MT) – Vou ler a totalidade do requerimento:<br />

Requeiro, nos termos Constitucionais e<br />

Regimentais, que o <strong>Senado</strong> da República solicite<br />

ao Ministro da Justiça proteção policial<br />

para os Senhores Ailton Alves Feitosa, Bruno<br />

Daniel e João Francisco Daniel [é o mesmo<br />

requerimento, <strong>Senado</strong>r], considerados as últimas<br />

testemunhas que envolvem o assassinato<br />

do Prefeito da cidade de Santo André,<br />

Celso Daniel.<br />

V. Exª solicitou no mesmo requerimento, que foi<br />

encaminhado no mesmo dia 24.<br />

O SR. ARTHUR VIRGÍLIO (PSDB – AM) – Muito<br />

obrigado, Srª Presidente.<br />

A SRA. PRESIDENTE (Serys Slhessarenko. Bloco/PT<br />

– MT) – Pela ordem, concedo a palavra ao <strong>Senado</strong>r<br />

Demóstenes Torres.<br />

O SR. DEMÓSTENES TORRES (PFL – GO. Pela<br />

ordem. Sem revisão do orador.) – Srª Presidente, Srªs e<br />

Srs. <strong>Senado</strong>res, fui informado de que, hoje, a <strong>Senado</strong>ra<br />

Ideli Salvatti se manifestou sobre um requerimento de<br />

minha autoria que levou a Comissão Mista de Controle<br />

das Atividades de Inteligência a fazer uma investigação<br />

sobre a Abin. Trata-se de um documento que teria sido<br />

produzido, ainda no ano de 2002, dando conta de que<br />

o PT recebera milhões de dólares das Farc – Forças<br />

Armadas Revolucionárias da Colômbia. Segundo as<br />

transcrições que tenho aqui, a <strong>Senado</strong>ra disse que<br />

houve o arquivamento em decorrência de ter sido comprovada<br />

a ineficácia da denúncia da revista Veja.<br />

Srª Presidente, isso absolutamente não ocorreu;<br />

ao contrário. O que a revista disse é que havia um<br />

documento, cuja existência foi comprovada. Ele realmente<br />

existia nos Arquivos da Abin, tanto que ouvimos<br />

diversas autoridades a respeito desse tema, durante<br />

seis meses. Ouvimos o espião, que comprovou, disse<br />

que realmente tinha produzido vários documentos,<br />

mas ficamos entre os depoimentos prestados por um<br />

coronel, por um espião, algumas pessoas ligadas à<br />

Abin, que trabalharam para a Abin, e as autoridades<br />

da Abin. As autoridades negaram veementemente a<br />

produção de outros documentos importantes, a não<br />

ser aquele mencionado pela revista Veja.<br />

E, ao final, é bom que se leia por completo a<br />

conclusão a que chegou a Comissão. A letra a diz o<br />

seguinte:<br />

a) Quanto ao fato de a Abin ter gerado<br />

documentos sobre doações de campanha das<br />

Farc ao PT, um único informe foi produzido pelo<br />

Departamento de Operações e Inteligência, o<br />

qual, segundo autoridades da Abin que compareceram<br />

à Comissão, após processo de análise<br />

da informação, de acordo com a metodologia<br />

de inteligência, foi desconsiderado.<br />

Ou seja, as autoridades da Abin desconsideraram<br />

a informação, e não nós, não outros.<br />

b) Não foram apresentadas provas de<br />

produção de outros documentos de inteligência<br />

nem de gravação sobre o tema.<br />

Então, a conclusão a que chegamos, Srª Presidente,<br />

e daí ter havido arquivamento, é que naquele<br />

momento não existiam provas suficientes para que o<br />

processo continuasse, para que houvesse a investigação,<br />

mas é o que se chama em Direito de insuficiência<br />

de provas; ou seja, a qualquer momento, um novo fato

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