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01-Contra Capa Vol 29 nº 49 - Senado Federal

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OUTUBRO 2005<br />

ANAIS DO SENADO FEDERAL<br />

163<br />

Outubro de 2005 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 27 37179<br />

sória que estamos votando. Eu lembraria, elogiando a<br />

iniciativa de V. Exª, que a região de Piracuruca poderia<br />

ser estendida até o Delta, transformando a cidade de<br />

Parnaíba numa zona semelhante a essa que V. Exª<br />

pretende.<br />

O SR. HERÁCLITO FORTES (PFL – PI) – A idéia<br />

de Piracuruca, <strong>Senado</strong>r, é exatamente para dar a extensão<br />

de um pólo.<br />

O Sr. Alberto Silva (PMDB – PI) – Quero congratular-me,<br />

dizendo, quando for feita a regulamentação,<br />

que sejam incluídas toda a região até o Delta do Parnaíba<br />

e as cidades de Parnaíba e do litoral. Parabéns<br />

a V. Exª pela iniciativa.<br />

O SR. HERÁCLITO FORTES (PFL – PI) – De<br />

imediato, além das cidades litorâneas – Parnaíba,<br />

Luís Correia – o benefício se estenderia para Morro da<br />

Mariana, Buriti dos Lopes, Cocal, Piracuruca, Piripiri<br />

e assim por diante.<br />

Sr. Presidente, iniciei minhas palavras dizendo que<br />

o <strong>Senado</strong>r Sarney dava, neste início de noite, exemplo<br />

de luta, tenacidade e, acima de tudo, pertinácia,<br />

defendendo as suas convicções. Porém, a sua maior<br />

virtude talvez seja a da generosidade, a da bondade<br />

do coração. O Presidente Sarney deu leite para as<br />

crianças do Brasil inteiro, hoje homens que trabalham<br />

no processo de desenvolvimento do nosso País. S. Exª<br />

governou o Brasil num dos momentos mais difíceis da<br />

nossa História recente. Exatamente com esse espírito<br />

de generosidade e com o amor que tem pelo Piauí,<br />

pela sua vizinhança e pela sua história, tenho certeza<br />

de que se associará a nós, piauienses, nessa cruzada<br />

para comemorarmos, juntamente com o Amapá, a<br />

conquista de um benefício desse alcance, fundamental<br />

para o Piauí e para o Nordeste.<br />

Muito obrigado, Sr. Presidente.<br />

O SR. PRESIDENTE (Renan Calheiros. PMDB<br />

– AL) – Agradeço a V. Exª, <strong>Senado</strong>r Heráclito.<br />

Peço às Srªs e aos Srs. <strong>Senado</strong>res que se encontram<br />

em seus gabinetes ou em outras dependências<br />

da Casa que venham ao plenário. Haverá, com<br />

certeza, votação nominal.<br />

Tenho a honra de conceder a palavra ao penúltimo<br />

orador inscrito, <strong>Senado</strong>r Alvaro Dias.<br />

O SR. ALVARO DIAS (PSDB – PR. Para discutir.<br />

Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Srªs e Srs.<br />

<strong>Senado</strong>res, o <strong>Senado</strong>r Jefferson Péres apelidou essa<br />

medida provisória de Frankstein. Creio que ele foi generoso<br />

em excesso, pois Frankstein, na verdade, é lindo<br />

perto desse escândalo que estamos votando.<br />

É preciso que se entenda que a Medida Provisória<br />

<strong>nº</strong> 255 prorroga o prazo para a opção do regime<br />

do Imposto de Renda retido na fonte de pessoa física<br />

dos participantes de planos de benefícios e dá outras<br />

providências.<br />

Essa, <strong>Senado</strong>ra Heloísa Helena, é a medida provisória<br />

que dá origem a todo contrabando, de toda ordem,<br />

para que votemos, é claro, benefícios inegáveis.<br />

Isso nos constrange e nos leva a optar até pelo voto<br />

favorável, mas a deformação dessa proposta vem da<br />

origem espúria, já que afronta a Constituição e não<br />

guarda relação alguma com os pressupostos básicos<br />

que são indispensáveis para assegurar legitimidade à<br />

medida provisória.<br />

É evidente que há matérias, no contexto dessa<br />

proposta, que são relevantes, mas não urgentes. São<br />

matérias que exigiriam um debate, especialmente<br />

quando se pretende organizar convenientemente, de<br />

forma inteligente, uma Nação. Não é dessa forma que<br />

se organiza a Nação. Ao contrário, nós a desorganizamos.<br />

Não é dessa forma que se concedem benefícios<br />

a uma região pobre do País. Não vamos beneficiar o<br />

País se contemplarmos determinada região em detrimento<br />

das demais.<br />

É claro que aprovamos as mudanças propostas<br />

na chamada Medida Provisória do Bem, que, lamentavelmente,<br />

acabou significando uma trapalhada do<br />

Governo. Ele não fez as contas corretamente e imaginou<br />

ter uma renúncia fiscal da ordem de seis bilhões,<br />

mas, com o que aprovou, ela seria de 12 bilhões. Por<br />

isso, articulou a rejeição da proposta na Câmara dos<br />

Deputados, o que nos leva, agora, a trazer de volta<br />

itens constantes daquela medida provisória.<br />

Ninguém se colocaria contrariamente a benefícios<br />

para a micro, a pequena e a média empresa nacional.<br />

Ninguém se colocaria contrariamente a benefícios<br />

para os Municípios brasileiros, com o escalonamento<br />

de suas dívidas junto ao INSS. Aliás, a desoneração<br />

fiscal em qualquer área produtiva é bem-vinda, em<br />

razão do que significa hoje, como impacto negativo<br />

para o crescimento econômico, a carga tributária sem<br />

precedentes na nossa História, que provoca um crescimento<br />

de receita pública mês a mês. Ninguém se<br />

colocaria contra essas alterações, mas não se pode<br />

admitir, Sr. Presidente, Srªs e Srs. <strong>Senado</strong>res, a votação<br />

de penduricalhos que acabem deformando a estrutura<br />

econômica do País.<br />

Eu poderia reivindicar para o meu Estado, o Paraná,<br />

a Zona Franca de Foz do Iguaçu, o que é uma<br />

luta histórica. Medidas de políticas compensatórias são<br />

desejadas em regiões onde se oferece muito e em que<br />

se sofrem as conseqüências do que se oferece sem<br />

retribuição. É o caso de Foz do Iguaçu, patrimônio da<br />

Humanidade graças ao Parque Nacional do Iguaçu,<br />

onde há maior hidroelétrica do Planeta. Isso implica<br />

prejuízos incríveis para a região. A área agricultável é

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