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01-Contra Capa Vol 29 nº 49 - Senado Federal

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OUTUBRO 2005<br />

ANAIS DO SENADO FEDERAL<br />

615<br />

37708 Terça-feira 1º DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Novembro de 2005<br />

Aliás, a capa da IstoÉ é “Acaba a trégua”. E, nas<br />

matérias internas: “É pau, é pedra, é o fim do caminho”.<br />

E relata aqui um pouco o que tem sido o tiroteio<br />

dentro do Congresso Nacional. Aparece depois uma<br />

reportagem sobre a verdadeira lista do Marcos Valério,<br />

a qual teremos de, obviamente, aprofundar e discutir.<br />

Depois há uma outra matéria chamada “Cacau no<br />

bolso”, dizendo que “Grupo do peemedebista Geddel<br />

Vieira Lima acusa novo aliado de ACM Neto de pagar<br />

‘mensalinho’ em Prefeitura baiana”. Provavelmente,<br />

também isso dará trabalho.<br />

A Carta Capital tem na capa: “No tabuleiro da<br />

baiana tem: relatório do TCE da Bahia revela existência<br />

de conta fantasma de 1<strong>01</strong> milhões na Bahiatursa. Pagamentos<br />

irregulares e suspeitas de caixa 2”. E dentro<br />

há a matéria sobre o duto baiano. Vai até ao futebol na<br />

Bahia: “Dantas na terceirona” e tal. Têm matérias aqui<br />

para trabalharmos horrores.<br />

A Época, que começa na capa com “Uma nova<br />

inteligência”, lá dentro, tem matérias para tudo quanto<br />

é gosto. Milhões de versões sobre a questão da superacareação,<br />

elementos, novas versões, novos fatos,<br />

novas insinuações. Depois, há uma reportagem grande<br />

também: “A moeda da discórdia. Acordo de 1 milhão e<br />

300 mil entre caciques do Xingu, o Governo de Mato<br />

Grosso e a empresa de energia provoca racha histórica<br />

no parque indígena”. Até os índios. Aqui, também<br />

trata da história da Bahiatursa: “Deputados da Bahia<br />

querem CPI para investigar gastos ocultos de 109 milhões<br />

em estatal”.<br />

Na Veja, há a matéria que trata da questão da<br />

possibilidade do Planalto: “Planalto atuou para ajudar<br />

o Banco Rural. Como o Banco Central sofreu pressões<br />

do Governo e do lobista Marcos Valério para financiar<br />

o banco mineiro e o PT”.<br />

Porém, indiscutivelmente, a matéria das revistas<br />

que mais repercutiu e que está tendo um destaque é<br />

a da capa da Veja que diz: “Os dólares de Cuba para<br />

a campanha de Lula”. O título da matéria é: “Campanha<br />

de Lula recebeu dinheiro de Cuba”. Esta é a<br />

matéria na qual quero me deter um pouco mais, pela<br />

repercussão, pela gravidade e pelo que está sendo<br />

referido por diversas lideranças políticas e partidárias<br />

a respeito dela.<br />

A matéria se embasa em declarações do Sr.<br />

Rogério Buratti e do Sr. Vladimir Poleto, que até vou<br />

até reproduzir, <strong>Senado</strong>r Paulo Paim. Diz o Sr. Rogério<br />

Buratti: “Fui consultado por Ralf Barquete, a pedido do<br />

Palocci, sobre como fazer para trazer US$3 milhões<br />

de Cuba. Disse que poderia ser através de doleiros.<br />

Sei que o dinheiro veio, mas não sei como.” Ele sabe<br />

que o dinheiro... Mas não sabe como. E foi consultado<br />

por Ralf Barquete, diga-se de passagem, morto e enterrado.<br />

Portanto, Ralf Barquete não pode confirmar.<br />

A não ser que consigamos fazer uma conexão direta<br />

com o além, Ralf Barquete não pode confirmar o que<br />

diz o Sr. Rogério Buratti.<br />

Declarações do Sr. Vladimir Poleto: “Eu peguei<br />

um avião de Brasília com destino a São Paulo com<br />

três caixas de bebida. Depois do acontecimento, fiquei<br />

sabendo que tinha dinheiro dentro de uma das<br />

caixas. Quem me disse isso foi Ralf Barquete. O valor<br />

era US$1,4 milhão.”<br />

De novo Ralf Barquete foi a testemunha – morto,<br />

volto a dizer, e enterrado. Ele também não sabia; veio<br />

a saber depois. O valor não era mais US$3 milhões;<br />

era US$1,4 milhão.<br />

A própria reportagem diz, lá pelas tantas, porque<br />

ela é bem interessante: “Um petista que pediu<br />

para que sua identidade não fosse revelada contou<br />

à Veja que, da parte do governo de Cuba, quem tomou<br />

conta da operação foi Sérgio Cervantes”. Ou<br />

seja, envolve uma pessoa vinculada a outro país, Sr.<br />

Sérgio Cervantes, mas não revela quem é a fonte.<br />

Um está morto e enterrado, e a outra fonte não se<br />

pode confrontar.<br />

Depois, mais adiante, na reportagem, lê-se:<br />

Vladimir Poleto, depois de dizer tudo o<br />

que disse à Veja, mudou de idéia. Ele despachou<br />

um e-mail para a revista pedindo para<br />

que não se fizesse uso do conteúdo da conversa.<br />

Ali sugere que não autorizou a gravação<br />

do diálogo e dá a entender que, diante<br />

de “diversos copos de chope”, pode ter caído<br />

involuntariamente no “exacerbamento de posicionamentos”.<br />

E assim segue a matéria. Fonte que não pode<br />

ser explicitada, copos de chope, quem pode provar<br />

está morto e enterrado, todos os dois se referem a alguém<br />

que não pode confirmar aquilo que eles estão<br />

alegando. E assim vai a matéria, que se estende por<br />

várias páginas.<br />

E aí a repercussão na imprensa é de vários tipos.<br />

Eu trouxe aqui a matéria do Nelson de Sá, na Folha de<br />

S.Paulo. “Mesmo sem provas, a revista supõe.” Esse<br />

é o título da matéria de Nelson de Sá, que faz análise<br />

da atitude da mídia a respeito da reportagem.<br />

Eu trouxe tudo isso aqui que temos para investigar,<br />

e fiz questão de trazer todas as questões, sobrando<br />

para a, b, c e d, e até a última letra do alfabeto do que<br />

está nas matérias das revistas. Eu não poderia deixar

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