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01-Contra Capa Vol 29 nº 49 - Senado Federal

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<strong>29</strong>6<br />

ANAIS DO SENADO FEDERAL<br />

OUTUBRO 2005<br />

Outubro de 2005 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 28 37325<br />

pronunciamentos em sua defesa, dentre os quais, ressalto<br />

as seguintes palavras:<br />

Confesso que é profundamente difícil ter<br />

coragem para enfrentar isso. Em algumas eleições,<br />

nós, da Região Norte, testemunhamos,<br />

no dia da eleição, o sorriso largo, a arrogância<br />

de alguns setores da elite que dominam politicamente<br />

aquela região dizendo: “É no dia da<br />

eleição que a ganhamos; é no dia da eleição<br />

que agimos e que a levamos do jeito e da maneira<br />

que queremos’”.<br />

Estas são as palavras do <strong>Senado</strong>r Tião Viana em<br />

defesa da lei de combate à compra de voto.<br />

(Interrupção do som.)<br />

O SR. GILVAM BORGES (PMDB – AP) – Peçolhe,<br />

Excelência, a oportunidade de mais alguns minutos.<br />

O <strong>Senado</strong>r Tião Viana incorporou, levantou o<br />

estandarte em nome do Governo e de seus Pares, foi<br />

um aguerrido defensor da fraude. Mas isso passou.<br />

Conversei com o <strong>Senado</strong>r Tião Viana e disse a S. Exª<br />

que isso são coisas do passado.<br />

Eu recebia, no TSE, em todos os julgamentos,<br />

membros do Governo, <strong>Senado</strong>res, lá, no julgamento,<br />

calado, quieto, tranqüilo, seguro.<br />

O Sr. Capiberibe governou o Amapá por quase 8<br />

anos, contando com os mais bem pagos e eficientes<br />

advogados do Brasil. Dizia-se financiador da campanha<br />

do Lula. Era homem forte e poderoso. Teve como assessor<br />

o Sr. Jorge Viana, hoje Governador do Acre.<br />

Seus advogados, contratados pela Casa Civil da<br />

Presidência da República do atual Governo, advogados<br />

paulistas, ligados ao PT, são réus, acusados de recebimento<br />

irregular de recursos amapaenses em ações populares,<br />

feitas por juízes e procuradores aposentados.<br />

Essas ações tramitam na Justiça do Estado do<br />

Amapá.<br />

No Amapá, o relator do processo opinou pela cassação<br />

e, após empate, o resultado se deu por voto de<br />

Minerva, em favor dos Capiberibes. Porém, o mais relevante<br />

daquele julgamento é o fato de a juíza que iniciou<br />

o voto divergente ser sobrinha do Sr. Capiberibe.<br />

(Interrupção do som.)<br />

O SR. GILVAM BORGES (PMDB – AP) – Sr.<br />

Presidente, peço-lhe paciência para que eu concluir;<br />

faltam apenas duas páginas.<br />

Não resignado, Sr. Presidente, recorri e fui vitorioso<br />

em todos os recursos; mesmo assim, perdi quase<br />

três anos de meu mandato, três anos perdidos.<br />

Mantive essa luta árdua e só fui vitorioso, repito,<br />

pela persistência, por não me amedrontar, por lutar,<br />

confiando em Deus e na ajuda de advogados amigos<br />

como a Drª Neiva Nunes, o Dr. Fernando Aquino, a Drª<br />

Ana Lúcia Aquino, Dr. Oswaldo Degrazia e Dr. João Batista<br />

Almeida, que, quase de graça, me defenderam. A<br />

Deus, e a eles, meu agradecimento maior.<br />

Repito: estou aqui porque resisti. Sofri insultos,<br />

frutos do engano e da mentira.<br />

<strong>Senado</strong>r Ney Suassuna, gostaria de conceder<br />

um aparte a V. Exª, mas estou aperreado, porque a<br />

campainha já tocou quase quinze vezes.<br />

O Sr. Ney Suassuna (PMDB – PB) – Não se<br />

preocupe, <strong>Senado</strong>r, trata-se de nova técnica. A campainha<br />

é automática, não é o Presidente quem a está<br />

acionando.<br />

O SR. GILVAM BORGES (PMDB – AP) – Sr.<br />

Presidente, quero a permissão de V. Exª, estou concluindo,<br />

peço-lhe um pouco mais de paciência. São<br />

três anos de silêncio.<br />

Ouvi, aqui, ontem, mais de trinta pronunciamentos.<br />

A elegância da Casa e a gentileza se faziam presentes.<br />

<strong>Senado</strong>r Leonel Pavan, uma palavra rápida, se<br />

V. Exª puder, porque o Presidente está...<br />

O Sr. Leonel Pavan (PSDB – SC) – Serei breve<br />

<strong>Senado</strong>r. Não vou usar a palavra para defender o<br />

Capiberibe.<br />

O SR. GILVAM BORGES (PMDB – AP) – Verdade,<br />

porque pode ficar para amanhã.<br />

O Sr. Leonel Pavan (PSDB – SC) – Mas quero<br />

dizer que, no período em que ele aqui esteve, ele foi um<br />

grande <strong>Senado</strong>r. Tenho certeza de que V. Exª também<br />

será um grande <strong>Senado</strong>r. Desejo-lhe boas-vindas. Porém,<br />

quero aqui defender o <strong>Senado</strong>r Mão Santa, que é<br />

um dos grandes Parlamentares do nosso País. Quanto<br />

ao ocorrido ontem, quero dizer a V. Exª que S. Exª<br />

não tem a autoridade que tem o Presidente Renan Calheiros.<br />

Mas, ontem, S. Exª fazia cumprir o Regimento.<br />

Gostaria que o nosso querido Mão Santa não tivesse<br />

nada a ver com a briga do seu Estado, porque é um<br />

<strong>Senado</strong>r pelo qual temos o maior respeito.<br />

O SR. GILVAM BORGES (PMDB – AP) – O <strong>Senado</strong>r<br />

Mão Santa é uma pessoa querida, estimada,<br />

um grande filósofo, um grande administrador. Todos<br />

os dias está nesta Casa, e por S. Exª tenho o maior<br />

respeito.<br />

Para encerrar, Sr. Presidente, quero dizer que vou<br />

estar aqui todos os dias, durante uns 60 dias, porque<br />

quero conversar com alguns colegas <strong>Senado</strong>res. Todos<br />

os dias vou-me inscrever.<br />

O Sr. Ney Suassuna (PMDB – PB) – Permitame,<br />

nobre <strong>Senado</strong>r, dar-lhe as boas-vindas em nome<br />

do PMDB. Tive a honra de conviver com V. Exª nesta<br />

Casa em outro mandato, portanto, digo, com certeza,

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