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01-Contra Capa Vol 29 nº 49 - Senado Federal

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OUTUBRO 2005<br />

ANAIS DO SENADO FEDERAL<br />

461<br />

37538 Sábado <strong>29</strong> DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Outubro de 2005<br />

volta a esta Casa tenha tido já uma manifestação de<br />

uma parcela expressiva daquela comunidade, do meu<br />

querido Estado do Tocantins, e posso eu estar aqui legitimando<br />

meu mandato, dando afirmação àquilo que<br />

pensa, como pensa, como sente e como quer o povo<br />

do meu Estado. Lá no meu Estado, pelo que tenho<br />

ouvido, pelo que tenho sentido, pelo que tenho observado,<br />

a grande maioria da população entende que a<br />

coincidência das eleições é mais um mecanismo de<br />

aprimoramento do processo eleitoral. Virá facilitar a<br />

escolha dos diversos representantes do povo e, seguramente,<br />

permitirá aos agentes públicos, notadamente<br />

prefeitos e governadores, dedicarem-se mais<br />

à tarefa que o povo lhes confiou de desincumbir-se do<br />

enfrentamento dos diversos desafios que estão a afligir<br />

a grande maioria da população brasileira, da qual<br />

o Tocantins não se exime.<br />

É o fantasma do desemprego assombrando a<br />

maioria dos lares; é o atendimento às demandas de<br />

saúde da população, que precisa da garantia mínima<br />

de ter esse atendimento; é a questão da moradia digna.<br />

Quantas pessoas ainda moram em casebres de<br />

palha, parede e cobertura, numa situação que agride<br />

a dignidade humana? Há, sobretudo, a questão da<br />

informação, da educação, da carga de conhecimento<br />

que pode tornar, principalmente as novas gerações,<br />

particularmente no meu Estado, competitivas, não só<br />

dentro do território tocantinense, mas também dentro<br />

do território nacional.<br />

Esses são os nossos desafios como agentes públicos.<br />

Esses são os desafios que temos que enfrentar<br />

como representantes do povo.<br />

Estou seguro de que este é um tema candente,<br />

é um debate permanente que temos que travar nesta<br />

Casa sempre que pudermos ter como bandeira<br />

os interesses maiores do povo brasileiro e do nosso<br />

querido País.<br />

Era o que eu gostaria de registrar, Sr. Presidente.<br />

Muito obrigado.<br />

O SR. PRESIDENTE (Tião Viana. Bloco/PT – AC)<br />

– Agradeço a V. Exª.<br />

Concedo a palavra ao nobre <strong>Senado</strong>r Paulo Octávio<br />

e, a seguir, ao <strong>Senado</strong>r Delcídio Amaral.<br />

O SR. PAULO OCTÁVIO (PFL – DF. Pronuncia<br />

o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) – Ilustre<br />

Presidente, <strong>Senado</strong>r Tião Viana, Srªs e Srs. <strong>Senado</strong>res,<br />

neste 28 de outubro, como em todos os anos neste plenário,<br />

comemora-se o Dia do Servidor Público. Trata-se<br />

de uma categoria profissional dedicada à prestação de<br />

serviços essenciais à população e ao Estado. Apesar<br />

da importância de seu trabalho, vivem em permanente<br />

incerteza quanto a seus direitos, que têm sido subtra-<br />

ídos, como os referentes à aposentadoria e quanto à<br />

justa reposição, em seus vencimentos, das variações<br />

inflacionárias. Isso ocorre porque é sempre muito fácil<br />

para os governantes manipular a opinião pública contra<br />

os servidores, fazendo uso do mito de que, apesar de<br />

regiamente remunerados, são displicentes, preguiçosos,<br />

culpados da ineficiência do Estado.<br />

Tivemos, recentemente, exemplo dessa atitude<br />

da parte do Governo, quando o Presidente da República<br />

vetou o aumento concedido a seus servidores pela<br />

Direção desta Casa e pela da Câmara dos Deputados.<br />

Consciente do valor da categoria, estive sempre entre<br />

os Parlamentares que mais pugnaram pela derrubada<br />

do veto neste Congresso Nacional. Quero deixar<br />

registrado meu apreço por todos os servidores desta<br />

Casa que aqui trabalham dia após dia.<br />

Na verdade, o desprezo pelo servidor público é<br />

parte da campanha pelo desmanche do Estado, como<br />

se este não tivesse, ainda mais em um País com tantos<br />

contrastes sociais, um papel essencial para a redução<br />

da desigualdade e das injustiças. Como se, em um País<br />

com necessidades prementes de desenvolvimento e<br />

superação do atraso, o Estado não fosse necessário<br />

para a coordenação das forças produtivas, na implementação<br />

da infra-estrutura de transportes, de comunicação<br />

e de energia.<br />

Reconhecida a importância do papel do Estado,<br />

o reconhecimento, igualmente, do servidor público é<br />

uma decorrência imediata. Cabe lembrar também que,<br />

desde a promulgação da Constituição de 1988, faz-se<br />

necessária a aprovação em concurso público para a<br />

admissão ao serviço, fato que vem tornando a Administração<br />

Pública cada vez mais profissional e competente.<br />

A grande competição que observamos em concursos<br />

nos dá, ao mesmo tempo, uma noção do prestígio que<br />

a função pública vem ganhando em meio aos jovens,<br />

que procuram posição no mercado de trabalho e que<br />

se sentem confiantes pela certeza de que somente os<br />

mais capacitados são admitidos.<br />

Aqui mesmo, nesta Casa congressual, temos a<br />

demonstração da capacidade dos servidores que nos<br />

auxiliam em nossa tarefa de legislar para o benefício<br />

dos cidadãos e de fiscalizar o Poder Executivo. Sem os<br />

técnicos altamente especializados que nos fornecem<br />

assessoria, certamente teríamos muitas dificuldades<br />

para cumprir plenamente as atribuições de <strong>Senado</strong>res<br />

da República. Se não nos fosse impossível.<br />

Por todo o Brasil, nos Estados e Municípios, a<br />

Administração Pública apóia-se mais nos servidores,<br />

que pertencem a uma carreira de trabalho e independem<br />

das injunções políticas, do que nos governantes,<br />

cuja função é transitória, resultante que é da vontade<br />

dos eleitores. No entanto, submetidos a condições de

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