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01-Contra Capa Vol 29 nº 49 - Senado Federal

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284<br />

ANAIS DO SENADO FEDERAL<br />

OUTUBRO 2005<br />

Outubro de 2005 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 28 37313<br />

O SR. RAMEZ TEBET (PMDB – MS) – ...de alguns<br />

<strong>Senado</strong>res, porque tenho que viajar. Estou encerrando<br />

minha fala. Estou vendo que já se passaram<br />

cinco minutos. Falar mais do que isso é improdutivo,<br />

mas não vou deixar esta tribuna sem saudar o Ministro<br />

Roberto Rodrigues, que ontem esteve na Comissão<br />

de Agricultura, onde realizamos uma grande reunião.<br />

S. Exª explicou sua luta, disse que vai lutar enquanto<br />

tiver esperança. Confiamos, ainda, em que haja um fio<br />

de esperança para ajudar aqueles que produzem em<br />

Mato Grosso do Sul e no Brasil.<br />

Muito obrigado.<br />

O SR. PRESIDENTE (Antero Paes de Barros.<br />

PSDB – MT) – Concedo a palavra, como oradora inscrita,<br />

à <strong>Senado</strong>ra Ana Júlia Carepa.<br />

V. Exª dispõe de dez minutos.<br />

A SRA. ANA JÚLIA CAREPA (Bloco/PT – PA.<br />

Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão da oradora.)<br />

– Sr. Presidente, Srªs e Srs. <strong>Senado</strong>res, devolvi o<br />

requerimento ao <strong>Senado</strong>r Arthur Virgílio. Eu o assinei,<br />

e quero fazer o registro. Havia dito isso em várias outras<br />

oportunidades, portanto, não é novidade. Se quisermos<br />

realmente fazer uma apuração a sério sobre<br />

financiamentos de campanha, devemos fazer, mas<br />

devemos fazer de todas as campanhas e de todos os<br />

partidos, sem exceção. E, quando digo sem exceção,<br />

estou me incluindo. Portanto, deve ser de todos, ou<br />

não será sério. Se quiserem investigar uns e não investigar<br />

outros, não será sério, e não é isso o que a<br />

sociedade brasileira quer. Ela quer que se investigue<br />

tudo, e não passar a mão na cabeça de ninguém, seja<br />

filiado a qualquer partido. Pode ser ao meu ou ao do<br />

meu maior opositor, não interessa! Por essa razão,<br />

assinei. Mas precisamos ser sérios.<br />

Gostaria de registrar, na tarde de hoje – e isso já<br />

foi feito, inclusive em plenário –, a operação desencadeada<br />

ontem em vários Estados brasileiros –, a Operação<br />

Ouro Verde. Esses documentos estão no site do Ministério<br />

do Meio Ambiente, do Ministério Público <strong>Federal</strong>,<br />

da Polícia <strong>Federal</strong>. Essa operação teve início com as<br />

operações Belém I e Belém II. A investigação sobre os<br />

Títulos Públicos Federais falsos começou quando se<br />

alteraram as gerências do Ibama em vários lugares do<br />

Brasil. Mas essa, especificamente, na gerência Ibama-<br />

Belém, uma das três gerências do Ibama no Estado<br />

do Pará, ocupada pelo Sr. Marcílio Monteiro – pessoa<br />

qualificada, que tem especialização na área e que, por<br />

isso mesmo, tem sido alvo de denúncias.<br />

Em junho, meu nome foi veiculado em matéria<br />

de uma revista já conhecida do povo brasileiro, por<br />

suposto esquema entre madeireiros que exploravam<br />

madeira ilegalmente e o Partido dos Trabalhadores. É<br />

impressionante como a irresponsabilidade dá credibili-<br />

dade ao indivíduo, que, obviamente, está apenas sendo<br />

instrumentalizado por alguns que nos fazem oposição<br />

e por muitos que se sentiram extremamente incomodados<br />

pela ação firme das novas gerências do Ibama, em<br />

especial no Estado do Pará, sobretudo da gerência do<br />

Ibama-Belém, de combater o desmate ilegal, o tráfico<br />

ilegal de madeiras. E aí dão credibilidade ao indivíduo<br />

que já foi preso por emissão de notas fiscais falsas e<br />

condenado pela Justiça <strong>Federal</strong>, exatamente porque<br />

o gerente do Ibama-Belém teve a coragem de negar<br />

um projeto de manejo, que o grileiro diz que é dele,<br />

mas não é, porque, na verdade, ele tem terra nenhuma.<br />

Além de não ser dono das terras, ele ainda tentou<br />

fraudar o projeto, como consta no parecer do Procurador<br />

do Ibama, tirando uma folha de um processo e<br />

incluindo-a, na tentativa de enganar.<br />

Vejam bem: esse senhor acusou exatamente o<br />

Sr. Marcílio. Veio à CPI da Biopirataria, da Câmara dos<br />

Deputados e foi ouvido. Deram crédito a este cidadão, a<br />

este meliante. Agora, o Deputado Airton Faleiro é mais<br />

um dos atacados porque é mais um dos que combatem<br />

a ação predatória da nossa floresta, que defendem o<br />

desenvolvimento sustentável na nossa Amazônia, projetos<br />

como o Pró-Ambiente, o Pró-Manejo.<br />

O Deputado Airton Faleiro me diz que este cidadão,<br />

condenado, que devia estar cumprindo pena,<br />

passeia toda semana na Assembléia Legislativa do<br />

Estado do Pará, talvez se articulando com Deputados<br />

que nos fazem oposição, <strong>Senado</strong>ra Íris de Araújo, para<br />

continuar com as calúnias.<br />

Mas eu fico muito orgulhosa porque, agora, começa<br />

vir à tona os reais motivos dos ataques ao gerente<br />

do Ibama-Belém e a mim. E por que a mim? A todo o<br />

momento tentam ligá-lo a mim porque há oito anos ele<br />

foi meu marido e é pai da minha filha caçula, não pela<br />

capacidade e competência, apesar de ser um quadro<br />

político dos mais preparados, com especialização feita<br />

no NAEA, Núcleo de Altos Estudos da Amazônia,<br />

da Universidade <strong>Federal</strong> do Pará. Então, é por isto.<br />

Assim, na tentativa de me atacar, usam o gerente do<br />

Ibama. Por qualquer coisa, por meio de qualquer pessoa<br />

que tiver ligação a mim, assessor ou até o meu<br />

irmão, coitado, que dizia para mim – ele não é do PT:<br />

“Não. O que é isto, Ana?” – eles me chamam de Ana<br />

– “A imprensa aumenta mas não inventa.”<br />

Quando essa revista inventou uma denúncia<br />

envolvendo o meu irmão, eu perguntei a ele: “E agora,<br />

Tuca?” Ele disse: “É. Infelizmente, tenho que dar a<br />

mão à palmatória e reconhecer que tu tinhas razão: a<br />

imprensa também inventa.” Até porque ele se propôs,<br />

no mesmo momento em que o funcionário da revista<br />

falou com ele, uma acareação com esse advogado,<br />

para provar que o que estava dizendo era mentira.

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