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01-Contra Capa Vol 29 nº 49 - Senado Federal

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OUTUBRO 2005<br />

ANAIS DO SENADO FEDERAL<br />

165<br />

Outubro de 2005 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 27 37181<br />

Calheiros, da concentração. Foi a causa denunciada<br />

por Montesquieu, que fez a ruína de Roma, e que está<br />

fazendo a ruína do Brasil.<br />

Não poderia deixar de advertir, diante de Alberto<br />

Silva, que governou o Estado, e foi uma bênção, no<br />

período revolucionário. Imagino quando S. Exª criava<br />

e sonhava essas instituições para o Piauí com João<br />

Paulo dos Reis Velloso, e lá estão paralisadas. O Piauí<br />

nada ganhou dos organismos federais. Agora queremos<br />

apoiar e acatar a emenda feita pelo companheiro<br />

Heráclito Fortes para a área de livre comércio, a área<br />

de desenvolvimento que, no passado, foi sonhado por<br />

Alberto Silva e João Paulo dos Reis Velloso, o Ministro<br />

que fez o I e o II Plano de Desenvolvimento desta<br />

Pátria.<br />

São esses os protestos. O que está acabando<br />

com o Brasil é o mesmo que acabou com Roma: o<br />

poder a que este <strong>Senado</strong> se curva!<br />

Atentai bem! A única novidade que houve, Magno<br />

Malta, essa não é mais como eletrodoméstico,<br />

dois em um, três em um, é cinco em uma: 252 a 255.<br />

Cadê o gato? Cadê a 253 e a 254? Onde estão e o<br />

que elas contêm?<br />

Então, há uma exigência de nós <strong>Senado</strong>res.<br />

<strong>Senado</strong>r Renan, é uma vergonha! Quando Deputado<br />

Estadual, Presidente Sarney, aprendi que tinha<br />

dois Brasis: o do Sul e o do Nordeste. O Sul ganhava<br />

duas vezes mais do que o Nordeste. E o Nordeste,<br />

o rico Nordeste, era Bahia e Pernambuco, e o pobre<br />

Nordeste ganhava a metade; a diferença era de quatro.<br />

Presidente Sarney, e hoje onde está a Sudene?<br />

(interrupção do som.)<br />

O SR. MÃO SANTA (PMDB – PI) – ...não é mais<br />

de quatro vezes. Hoje, no Distrito <strong>Federal</strong>, esta ilha<br />

encantada, a renda per capita é de 8,6%, comparada<br />

ao Estado de V. Exª, o Maranhão. Então, o Piauí,<br />

apoiando-se no maior administrador do mundo, Jack<br />

Welch, que diz que criar para... Einstein, que tem de<br />

se copiar aqueles administradores. Então, o Piauí quer<br />

copiar os benefícios do Amapá para o Piauí.<br />

O SR. PRESIDENTE (Renan Calheiros. PMDB<br />

– AL) – Agradeço ao <strong>Senado</strong>r Mão Santa.<br />

Encerro a discussão e informo à Casa que estamos<br />

hoje tentando resolver a relação dos Municípios<br />

com a Previdência Social, criando regras, estabelecendo<br />

um novo prazo para parcelamento das dívidas<br />

e, sobretudo, limitando o comprometimento do pagamento<br />

dessas dívidas no próprio Fundo de Participação<br />

dos Municípios, com abatimento, com 60 meses para<br />

que os Municípios financiem, parcelem a chamada<br />

apropriação indébita, fazendo o que foi sugerido pela<br />

Subcomissão que é presidida pelo <strong>Senado</strong>r Garibaldi<br />

Alves Filho.<br />

Concedo a palavra ao <strong>Senado</strong>r Amir Lando, para<br />

tirar alguma dúvida se entender que é necessário.<br />

Com a palavra V. Exª.<br />

O SR. AMIR LANDO (PMDB – RO. Como Relator.<br />

Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Srªs e<br />

Srs. <strong>Senado</strong>res, inicialmente, devo dizer a esta Casa<br />

que ouvimos com muita atenção todas as ponderações<br />

feitas durante esta tarde. Houve momentos de análise<br />

e de críticas ao projeto, o que é normal. Não tenho nenhuma<br />

veleidade pessoal. Entendi que fui apenas um<br />

instrumento do <strong>Senado</strong> <strong>Federal</strong> para realizar a consolidação<br />

de uma medida provisória perdida. Ao estilo de<br />

la recherche du temps perdu, não procurei resgatar os<br />

amores, mas, sim, os interesses nacionais.<br />

Quero dizer, nesta Casa, com muita convicção,<br />

que só procedi a essa consolidação da Medida Provisória<br />

<strong>nº</strong> 252 com a de <strong>nº</strong> 255 porque entendia que era<br />

hora de o País continuar alguns projetos já iniciados<br />

sob a vigência da Medida Provisória <strong>nº</strong> 252, sem quebra<br />

de contratos ou compromissos e com continuidade<br />

porque o direito se destina a dar segurança às relações<br />

sociais, jurídicas e, por que não dizer também,<br />

econômicas.<br />

Todos clamam pela desoneração da cadeia produtiva.<br />

Todos sempre reclamam contra a carga tributária e,<br />

no momento em que há uma disposição do Poder Executivo<br />

de propiciar ganhos da ordem de R$10 bilhões<br />

para incentivar desenvolvimento econômico e social,<br />

para desenvolver a nossa capacidade de exportação,<br />

para desenvolver setores da indústria que encontram<br />

dificuldades e constantemente reclamam a desoneração<br />

fiscal, nesta hora, se politiza a matéria.<br />

Entendo que deva ser politizada. Com o espírito<br />

público, eu me comprometi a trabalhar num texto difícil,<br />

complicado e só o fiz porque o <strong>Senado</strong> da República,<br />

ainda recentemente, analisara esta matéria demoradamente;<br />

ao menos, com mais tempo do que eu. E,<br />

quando votou, votou certamente consciente do que<br />

fazia. É certo que fiz algumas alterações, que ontem<br />

já enumerei. Quando hoje assisti, por exemplo, a uma<br />

crítica – e como ex-Ministro da Previdência, conheço<br />

bem a questão – sobre o parcelamento das dívidas<br />

dos Municípios, senti-me impelido a dizer que, diante<br />

da realidade, não há como inventar, não há como imaginar<br />

que esse pagamento pudesse acontecer sem o<br />

parcelamento. E alguém me dirá, com um ar um pouco<br />

de restrição, por que não dizer, com alguma preocupação<br />

ética: “Mas e as retenções que antes eram apropriações<br />

indébitas”?. Sim, sem prejuízo da responsabilidade<br />

penal dos atores do processo; sem prejuízo<br />

da responsabilidade daqueles que não recolheram. O

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