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01-Contra Capa Vol 29 nº 49 - Senado Federal

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642<br />

ANAIS DO SENADO FEDERAL<br />

OUTUBRO 2005<br />

Novembro de 2005 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Terça-feira 1º 37735<br />

utilizando determinadas pessoas cujo nome não desejo<br />

pronunciar para não agravar a situação do próprio.<br />

Quero dizer ao Sr. Ricardo Berzoini que quem<br />

mata os velhinhos, quem faz a pior Previdência dos últimos<br />

tempos, tanto que foi logo deslocado, quem não<br />

tem competência e utiliza os “delúbios da vida” para<br />

ajudá-lo... Ao de Delúbio pode-se incorporar o nome de<br />

Berzoini. “Delúbio Berzoini” é a quem me refiro neste<br />

instante, certo de que em qualquer parte ou lugar estarei<br />

disposto a debater com ele ou com os seus correligionários<br />

que queiram defendê-lo. Se no PT existem pessoas<br />

decentes, e existem muitas sim, há outras que não têm<br />

essa decência, entre elas o Presidente Berzoini, que só<br />

porque não tem decência chegou ao lugar.<br />

Srª Presidente, lamento que seja V. Exª a Presidente<br />

neste instante. Peço-lhe desculpas da minha<br />

parte, mas não posso calar-me diante de tanta injustiça,<br />

até para ser fiel ao meu amigo José Agripino, Líder<br />

do meu Partido.<br />

Para aquele que tiver credibilidade para atacar,<br />

como aqui foi atacado o Governo da Bahia, eu já tenho<br />

a resposta escrita, mas às pessoas que não têm<br />

credibilidade e que não explicam o que ocorreu com o<br />

mensalão no diretório do seu partido eu não respondo,<br />

a não ser dizendo coisas que as pessoas às vezes<br />

merecem ouvir, mas outras nem tanto.<br />

Daí por que, Srª Presidente, vim a esta tribuna.<br />

Já falei sobre o Sr. Berzoini, já falei sobre a <strong>Senado</strong>ra<br />

desagradável que aqui sempre ataca as pessoas,<br />

e estou repetindo para que não diga que falei apenas<br />

na sua ausência. Estou falando aqui em sua presença,<br />

para que todos saibam que não tenho receio das<br />

calúnias, das infâmias dos petistas, porque vamos retirá-los,<br />

muitos, da vida pública.<br />

Muito obrigado.<br />

Durante o discurso do Sr. Antonio Carlos<br />

Magalhães, o Sr. Eduardo Siqueira Campos,<br />

4º Secretário, deixa a cadeira da presidência,<br />

que é ocupada pela Sra. Serys Slhessarenko,<br />

Suplente de Secretário.<br />

A SRA. PRESIDENTE (Serys Slhessarenko. Bloco/PT<br />

– MT) – Com a palavra, pela lista de inscritos, o<br />

<strong>Senado</strong>r José Sarney, por quinze minutos, por cessão<br />

do <strong>Senado</strong>r Eduardo Siqueira Campos.<br />

A SRA. IDELI SALVATTI (Bloco/PT – SC) – Srª<br />

Presidente, eu queria solicitar o uso da palavra pelo<br />

art. 14, por ter sido citada. Antes, porém, quero ouvir,<br />

com muito prazer, o <strong>Senado</strong>r José Sarney.<br />

A SRA. PRESIDENTE (Serys Slhessarenko. Bloco/PT<br />

– MT) – Após a palavra do <strong>Senado</strong>r José Sarney,<br />

terá a palavra pelo art. 14 a <strong>Senado</strong>ra Ideli Salvatti.<br />

O SR. JOSÉ SARNEY (PMDB – AP. Pronuncia o<br />

seguinte discurso. Com revisão do orador.) – Estimada<br />

colega Presidenta desta sessão, Srªs e Srs. <strong>Senado</strong>res,<br />

procurarei ser breve.<br />

A MP <strong>nº</strong> 255, que ocupou esta Casa até alta madrugada<br />

na quarta-feira, foi votada pela Câmara dos<br />

Deputados na sexta-feira passada. Esta MP, chamada<br />

“MP do Bem”, como todos sabem, concede incentivos<br />

fiscais e isenção de impostos da ordem de R$ 6.8 bilhões.<br />

É o cálculo que está em todos os jornais.<br />

Essa medida provisória atendeu os setores elétrico,<br />

de produtos químicos e farmacêuticos, as cooperativas<br />

de crédito, as cooperativas de transporte<br />

rodoviário de cargas, os setores de embalagem de frutas,<br />

de laticínios, ligados à bovinocultura, à sucata, ao<br />

papel de imprensa, a nafta petroquímica, os estaleiros<br />

navais, a Zona Franca de Manaus, os cerealistas, as<br />

fontes alternativas de energia, os taxistas, os setores<br />

ligados às gemas e jóias, os criadores de camarões,<br />

as companhias aéreas, as prestadoras de serviços e<br />

as faculdades privadas, entre outros.<br />

Sr. Presidente, Srs. <strong>Senado</strong>res, a única coisa que<br />

foi excluída pela Câmara dos Deputados foi uma emenda<br />

de minha autoria que buscava corrigir uma distorção<br />

que ocorre em pequenas regiões da Amazônia Legal.<br />

Vou repetir: Guajará-Mirim, pequena cidade, Tabatinga,<br />

perdida na fronteira com a Colômbia, Pacaraima,<br />

na fronteira com a Venezuela, e um pedaço entre os<br />

Municípios de Macapá e Santana, destinado a atender<br />

a área de fronteira do Brasil com a Guiana.<br />

Sr. Presidente, quero agradecer aos Srs. <strong>Senado</strong>res<br />

porque, aqui, a emenda foi votada, agradecer<br />

aos meus colegas, que tiveram sensibilidade para<br />

compreender que o Brasil não pode ser dividido em<br />

duas partes: aqueles que são condenados à salvação<br />

e aqueles que são condenados à perdição da pobreza<br />

absoluta, perene e definitiva das áreas mais pobres<br />

entre as mais pobres do Brasil.<br />

Nunca vi tanta intransigência e não sabia mesmo<br />

como podia detectar a sua raiz. Todos os argumentos<br />

que se apresentavam tinham como resposta que essa<br />

emenda relacionada a essas quatro pequenas localidades<br />

da Amazônia podia destruir o parque industrial<br />

do Centro-Sul.<br />

Evidentemente, é impossível pensar que pequenas<br />

indústrias de cerâmica, pequenas indústrias<br />

de madeira, pequenas indústrias de exploração mineral<br />

pudessem, em qualquer situação, pôr em risco<br />

a grande estrutura, a poderosa estrutura da indústria<br />

nacional do Centro-Sul.<br />

Sr. Presidente, Srªs e Srs. <strong>Senado</strong>res, não entendi,<br />

confesso que não entendi. Tenho responsabilidades<br />

neste País, tenho uma longa vida pública, já assisti,<br />

participei e concedi mesmo incentivos fiscais a muitas<br />

regiões, em momentos difíceis do País, buscando<br />

sempre corrigir desníveis regionais, buscando sempre<br />

amparar setores que estavam em dificuldades, vendo

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