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01-Contra Capa Vol 29 nº 49 - Senado Federal

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OUTUBRO 2005<br />

ANAIS DO SENADO FEDERAL<br />

637<br />

37730 Terça-feira 1º DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Novembro de 2005<br />

ao País, sobretudo no Nordeste, que não tem mais<br />

como crescer na área de hidroeletricidade. Em segundo<br />

lugar, tem a questão fundamental da segurança nas<br />

térmicas. Não tenho a menor dúvida de que a nossa<br />

vocação é toda hidrelétrica e assim deve continuar. O<br />

Estado de V. Exª é o grande repositório desses recursos<br />

que o Brasil tem. Agora, entendo que é preciso<br />

haver uma discussão desse assunto.<br />

Eu estou com V. Exª nesse aspecto. Acho que<br />

precisa ser rediscutido aquilo que fica para os Estados.<br />

O grande exemplo do maior erro cometido foi no<br />

Pará, em relação a Tucuruí. Eu acho que ali nós tivemos<br />

um grande problema quando, naquele momento,<br />

não se deu a devida importância a essa questão. Não<br />

só a questão do ICMS, mas a questão de levar imediatamente<br />

a energia para outros Municípios do Pará,<br />

e também a situação das pessoas que foram prejudicadas<br />

com a barragem.<br />

Agradeço muito a V. Exª pelo aparte e concedo,<br />

com muito prazer, o aparte ao <strong>Senado</strong>r Cristovam<br />

Buarque.<br />

O Sr. Cristovam Buarque (PDT – DF) – <strong>Senado</strong>r<br />

Rodolpho Tourinho, felicito V. Exª por trazer aqui um<br />

assunto de tal importância. Nestes tempos em que o<br />

<strong>Senado</strong> dá a impressão de estar perdido em meio a<br />

CPIs e outras coisas, V. Exª aborda um assunto que<br />

tem tudo a ver com o futuro do País. Retomando o que<br />

disse o <strong>Senado</strong>r Eduardo Siqueira Campos, orgulho-me<br />

de que o Governo do Distrito <strong>Federal</strong> tenha participado<br />

de Lajeado, fazendo uma parceria especialíssima<br />

e que nós nos associamos ao setor privado, graças à<br />

Liderança do então Governador Siqueira Campos. E a<br />

Companhia de Eletricidade de Brasília é sócia desse<br />

empreendimento. Muito antes de se falar em PPP, nós<br />

demos prova – eu, como Governador, o Governador<br />

Siqueira Campos e o setor privado – de que é possível<br />

enfrentar o problema energético na cooperação do<br />

setor privado e público.<br />

O SR. RODOLPHO TOURINHO (PFL – BA) – Eu<br />

ressalto sempre essa grande parceria que houve lá no<br />

Tocantins, na usina Luis Eduardo Magalhães. Tudo que<br />

deu certo foi feito sempre da melhor forma possível. Eu<br />

acho que isso deve servir de modelo para todo esse<br />

imenso potencial do Tocantins. Entendo também que, na<br />

época, a participação da CEB foi muito importante.<br />

(O Sr. Presidente faz soar a campainha.)<br />

O SR. RODOLPHO TOURINHO (PFL – BA) – Antes<br />

de concluir, queria conceder um aparte à <strong>Senado</strong>ra<br />

Ana Júlia Carepa. Entendo que aquela posição do<br />

Governo do Distrito <strong>Federal</strong> também foi muito importante<br />

na viabilização do empreendimento, que, com<br />

certeza, foi um dos motivos que levou a rapidez na<br />

execução do projeto.<br />

Concedo, com muito prazer, a <strong>Senado</strong>ra Ana<br />

Júlia um aparte.<br />

A Srª Ana Júlia Carepa (Bloco/PT – PA) – Muito<br />

obrigada, <strong>Senado</strong>r Rodolpho Tourinho. V. Exª fala bem<br />

e com propriedade de um tema que conhece bastante.<br />

Eu só queria fazer o registro de que V. Exª também conhece<br />

os diversos projetos, inclusive o da hidrelétrica<br />

de Belo Monte que é, na relação custo/benefício, um<br />

dos melhores projetos de hidrelétricas que existe não<br />

só no Brasil, mas no mundo. Então, lamentarmos a<br />

dificuldade que enfrentamos com o Ministério Púbico<br />

<strong>Federal</strong>. Tenho um respeito imenso pelos Procuradores<br />

da República, pelo Ministério Público <strong>Federal</strong>, mas<br />

há momentos em que são muitas as dificuldades colocadas<br />

para se construir uma hidrelétrica como Belo<br />

Monte, que trará benefícios não apenas para aquela<br />

região. Sabemos que a concepção desse projeto atual<br />

é extremamente diferente da que V. Exª ainda há pouco<br />

citou – Tucuruí –, que foi feito sem pensar na região,<br />

pensando apenas em levar a energia para fora, sem<br />

a preocupação com aquilo que deveria ser obrigação,<br />

ou seja, a recuperação da navegabilidade do rio. E estamos<br />

até hoje esperando as eclusas de Tucuruí para<br />

que o rio volte a ser navegável. Parabenizo-o e afirmo<br />

que nós todos precisamos lutar para superar essas<br />

barreiras, a fim de que possam permitir a construção<br />

de hidrelétricas. A nossa região é rica na possibilidade<br />

de produzir energia e pode gerar energia não só para<br />

a nossa região, mas também para outras regiões do<br />

País e, com isso, contribuir muito com o desenvolvimento<br />

deste País.<br />

O SR. RODOLPHO TOURINHO (PFL – BA) – Com<br />

certeza, <strong>Senado</strong>ra Ana Júlia, o Brasil vai precisar de<br />

Belo Monte. Não é para 2<strong>01</strong>0, porque isso é impossível<br />

que seja feito. Mas temos de aprender com os erros<br />

de outras tucuruís. Não tenho a menor dúvida de que<br />

o atual projeto de Belo Monte é muito melhor do que o<br />

que existia antes. Ele possui outra concepção...<br />

(O Sr. Presidente faz soar a campainha.)<br />

O SR. RODOLPHO TOURINHO (PFL – BA) – Eu<br />

pediria mais um minuto, Sr. Presidente, para terminar.<br />

Mas o que me preocupa muito neste momento, não é<br />

somente a questão do Ministério Público, mas também<br />

a questão das licenças ambientais do Ibama. Essa minha<br />

preocupação muito grande estende-se não apenas<br />

ao setor elétrico mas também à área de turismo. Estamos<br />

com problemas sérios na Bahia, em relação a<br />

essa questão do turismo, para licenças ambientais nas<br />

áreas onde entendemos não haver maior problema. E<br />

o que pode acontecer é que se deixem esses empreendimentos,<br />

que acabarão sendo feitos, mas que eles<br />

tragam um grande desincentivo a novos empreendimentos<br />

na área de turismo. Essa preocupação em relação<br />

à área de hidrelétrica é muito grande e acredito que a

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