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A doenca como linguagem da alma.pdf

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etira<strong>da</strong> também a liber<strong>da</strong>de, por exemplo a liber<strong>da</strong>de de mover-se em meio<br />

a outras pessoas de maneira livre e desimpedi<strong>da</strong>. Sendo assim, perde-se<br />

também parte do magnetismo e, portanto, do poder que se exerce sobre<br />

outras pessoas, especialmente sobre o sexo oposto. A possibili<strong>da</strong>de de<br />

encantar com os cabelos fica descarta<strong>da</strong>, já que pestanas que não estão<br />

mais disponíveis não podem piscar.<br />

O sintoma remete-se à vergonha natural e mostra a própria situação de<br />

desamparo. Ele interliga vários jogos sociais e sobretudo o jogo <strong>da</strong><br />

autoconfiança. Ele é igualmente o pólo oposto do hirsutismo. Enquanto este<br />

sugeria impor-se por meio <strong>da</strong> energia e do poder para assim desobrigar o<br />

corpo dessa tarefa, a completa per<strong>da</strong> de pêlos força ain<strong>da</strong> mais<br />

profun<strong>da</strong>mente a um estado de desamparo infantil.<br />

108<br />

Que<strong>da</strong> de cabelos<br />

Quando as antenas tão cheias de significado, adornos valiosos, símbolos<br />

de poder, liber<strong>da</strong>de e vitali<strong>da</strong>de são perdi<strong>da</strong>s através <strong>da</strong> vil sintomática <strong>da</strong><br />

que<strong>da</strong> de cabelos, deve-se pensar em todos os temes citados acima. Além<br />

disso, somam-se a eles to<strong>da</strong>s as situações nas quais é preciso sacrificar algo<br />

[Haare larsen = deixar cabelos]. Caso se deixe de notar a necessi<strong>da</strong>de de<br />

uma mu<strong>da</strong>nça anímico-espiritual, o organismo é forçado a incorporar o tema<br />

substitutivamente. Como os cabelos são apêndices <strong>da</strong> pele, neste contexto<br />

seria o caso de se pensar também no simbolismo <strong>da</strong> mu<strong>da</strong>, especialmente se<br />

que<strong>da</strong> de cabelos vem acompanha<strong>da</strong> <strong>da</strong> formação de caspa. A serpente<br />

abandona sua pele velha quando está madura para uma nova. Portanto,<br />

coloca-se a seguinte questão: Será que eu negligenciei despir minha velha<br />

pele e permitir o crescimento de uma nova?<br />

Expressões tais <strong>como</strong> "deixar cabelos" ou "penas" [ver acima: Haare<br />

Iarsen] e “sentir-se depenado" dão a entender que foi preciso pagar algo, ou<br />

seja, fazer um sacrifício que não se queria fazer de livre e espontânea<br />

vontade. Não se saiu ileso dessa situação, mas bastante depenado e<br />

vulnerável. Aqui surge a questão: Onde e quando eu deixei de pagar, ou<br />

seja, de lazer o sacrifício necessário?<br />

A tarefa de aprendizado oculta sob este aspecto <strong>da</strong> que<strong>da</strong> de cabelos é,<br />

conseqüentemente, livrar-se de maneira consciente <strong>da</strong>quilo que é velho e<br />

que foi superado pelo tempo para abrir espaço para o novo. Trata-se<br />

essencialmente de <strong>da</strong>r esse passo de maneira consciente, para assim liberar

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