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A doenca como linguagem da alma.pdf

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solução está no sintoma principal: o afetado sente vertigens de algo referente<br />

à base de sua vi<strong>da</strong>. Esta é oscilante e pouco confiável, a qualquer momento<br />

o chão ameaça ser retirado repentinamente de sob seus pés.<br />

A tarefa de aprendizado expressa nos sintomas é: entregar-se às<br />

oscilações até o ponto em que se torne claro que a vi<strong>da</strong> consiste de altos e<br />

baixos e que é melhor apoiar-se sobre duas pernas que sobre uma só. O<br />

sintoma justamente força os afetados a buscar para si um apoio material,<br />

caso contrário eles desabarão. Eles compreenderão que teria mais sentido<br />

providenciar sustento e sobretudo conteúdo para as próprias vi<strong>da</strong>s. A<br />

oscilação indica quanto para isso será necessário abdicar do controle<br />

exagerado. Em relação à dificul<strong>da</strong>de auditiva, trata-se de não mais ouvir o<br />

exterior, não mais obedecer às ordens externas, mas escutar para dentro,<br />

escutar a própria voz interna, escutando-a também no que se refere a um<br />

caminho próprio. O enjôo e o vômito estão prestes a expulsar tudo o que é<br />

estranho, que não é útil e que não pode ser elaborado <strong>como</strong> coisa própria, se<br />

necessário até mesmo de maneira agressiva. Trata-se muito mais de buscar<br />

uma base para a própria vi<strong>da</strong> e render-se a ela. Os inquietos movimentos dos<br />

olhos indicam que há pressa e que não há tempo a perder.<br />

A solução está indica<strong>da</strong> no fundo dos sintomas. Quando a base <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> é<br />

segura, o delírio dos sentidos pode abrir as asas e esquecer o tempo e o<br />

espaço. Os altos e baixos dos sentimentos podem ser sentidos no delírio de<br />

amor, e quando nos atiramos em uma aventura vertiginosa, o equilíbrio<br />

corporal permanece estável e confiável e a <strong>da</strong>nça <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> transforma-se em<br />

prazer.<br />

Perguntas<br />

1. Onde não posso mais confiar na base de minha vi<strong>da</strong>? Como ando de<br />

conteúdo e de sustento vital?<br />

2. Por que não quero ouvir o que minha voz interna quer dizer?<br />

3. O que não posso mais usar para meu caminho de vi<strong>da</strong> e de que<br />

preciso me desfazer rapi<strong>da</strong>mente?<br />

4. Como an<strong>da</strong> minha orientação no tempo e no espaço, no sistema de<br />

coordena<strong>da</strong>s <strong>da</strong> vi<strong>da</strong>? Em que poderia apoiar-me?<br />

5. Onde está aquilo que é firme em minha vi<strong>da</strong>, que é confiável? Há<br />

algo em meu mundo oscilante que me mantém firme?<br />

6. Como posso abandonar-me à <strong>da</strong>nça <strong>da</strong> vi<strong>da</strong>, isto é, incorporar-me a<br />

ela?<br />

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