06.05.2013 Views

A doenca como linguagem da alma.pdf

A doenca como linguagem da alma.pdf

A doenca como linguagem da alma.pdf

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

de uma resistência constante, bem escondi<strong>da</strong> (na bainha dos tendões), que<br />

também se oculta habilmente em sentido figurado por trás de racionalizações<br />

tais <strong>como</strong> "mas eu gosto tanto de fazê-lo para ele (ou para as crianças), e na<br />

ver<strong>da</strong>de eu só o faço por amor". É possível, embora difícil, executar por amor<br />

ou amizade uma ativi<strong>da</strong>de monótona que não gera nenhuma alegria e que,<br />

no fundo do coração, deixa insatisfeito. Fazer com entrega algo mortalmente<br />

aborrecido é quase impossível com o pensamento objetivo dirigido a uma<br />

meta determina<strong>da</strong>. Isso somente funciona momentaneamente <strong>como</strong> entrega<br />

ritual.<br />

O problema se torna especialmente nítido quando a inflamação surge em<br />

ativi<strong>da</strong>des que não se saem bem na avaliação geral. Onde "tricotado pela<br />

própria pessoa" e sinônimo de falta de elegância, não é de admirar que isso<br />

não produza nenhuma satisfação profun<strong>da</strong>. Quem <strong>da</strong>tilografa o que outro<br />

pensou precisa ter uma profun<strong>da</strong> identificação com essa pessoa para sentirse<br />

bem com esse trabalho "alienado". É freqüente que em tais ativi<strong>da</strong>des<br />

desenvolvam-se resistências que solapam a motivação. Em vez de continuar<br />

fazendo-o <strong>como</strong> até então, uma ver<strong>da</strong>deira prevenção em relação à<br />

inflamação <strong>da</strong> bainha dos tendões seria esclarecer seu comportamento em<br />

relação a essa ativi<strong>da</strong>de, tratar de fazer uma pausa quando for o caso (antes<br />

<strong>da</strong> pausa força<strong>da</strong> pelo gesso), mu<strong>da</strong>r o trabalho ou a postura em relação a<br />

ele.<br />

Perguntas<br />

1. Como an<strong>da</strong> meu coração em relação à minha ativi<strong>da</strong>de?<br />

2. Que objetivos (tensos?) eu persigo em segredo com ela? Que<br />

motivação, no fundo, tricota, <strong>da</strong>tilografa ou atua em conjunto?<br />

3. Quão encarniça<strong>da</strong>mente eu persigo intenções secretas?<br />

4. O que tenho secretamente contra meu trabalho? De onde vem minha<br />

resistência, a que se relaciona exatamente?<br />

5. Em que medi<strong>da</strong> ela tem a ver com a valoração geral do meu<br />

trabalho? Não me considero capaz de mais ativi<strong>da</strong>des com mais<br />

responsabili<strong>da</strong>de?<br />

6. Como me relaciono com a monotonia? Posso ver também seu<br />

aspecto ritual ou somente a estupidez?<br />

281

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!