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A doenca como linguagem da alma.pdf

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A sabedoria <strong>da</strong> <strong>linguagem</strong> é muito mais confiável do que geralmente<br />

supomos. Os sintomas em tratamento respondem no sentido mais ver<strong>da</strong>deiro<br />

<strong>da</strong> palavra. Uma palavra <strong>como</strong> Krãnkung [= ofensa, agravo] nos mostra que<br />

ofensas, ao longo do tempo, fazem com que se adoeça, isso muito antes que<br />

estudos psicossomáticos o comprovassem.<br />

A aju<strong>da</strong> mais substancial por parte d;i <strong>linguagem</strong> do corpo, no que se<br />

refere ao conhecimento, à compreensão do significado dos sintomas, provém<br />

de sua honesti<strong>da</strong>de. Esta vai muito além do que se supõe, razão pela qual as<br />

pessoas modernas não deixam de tentar na<strong>da</strong>, de cosméticos e sessões de<br />

bronzeamento artificial a intervenções cirúrgicas, para retocar a impressão<br />

excessivamente honesta que sua pele transmite. Por esta razão “uma pele<br />

honesta" [eine ehrliche Haut] é uma expressão para pessoas crédulas,<br />

ingênuas, que honesta e "superficialmente" demonstram tudo o que sentem<br />

na própria pele. Na psicoterapia nós utilizamos esse caminho honesto e, em<br />

fases difíceis, nos comunicamos com a epiderme e também com a<br />

resistência epidérmica dos pacientes. Todos os jogos de dissimulação e de<br />

ocultamento que seu proprietário possa ter desenvolvido são estranhos à<br />

honesta pele.<br />

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2. Mitos e contos de fa<strong>da</strong>s<br />

Imagens do âmbito <strong>da</strong> mitologia ou <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> de personali<strong>da</strong>des destaca<strong>da</strong>s<br />

que se tornaram mito podem ser de grande aju<strong>da</strong> para a interpretação, desde<br />

que apresentem similari<strong>da</strong>des com o próprio padrão. Os contos de fa<strong>da</strong>s<br />

também nos confrontam com motivos arquetípicos, sendo que não raras<br />

vezes, em roupagem moderna, emergem na encenação <strong>da</strong> própria vi<strong>da</strong>.<br />

Esses padrões atemporais, tal <strong>como</strong> aparecem freqüentemente também na<br />

poesia, não passam <strong>da</strong> essência poetiza<strong>da</strong> de experiências de vi<strong>da</strong>. Um dos<br />

objetivos <strong>da</strong> terapia <strong>da</strong> reencarnação é procurar esses padrões para então<br />

tornar consciente o mito do paciente. Reconhecer o mito <strong>da</strong> própria vi<strong>da</strong> e<br />

descobrir que papel o padrão <strong>da</strong> doença desempenha nele é igualmente útil<br />

para a interpretação dos sintomas.<br />

Ca<strong>da</strong> ser humano tem também seu conto de fa<strong>da</strong>s, sendo indiferente se<br />

ele sonha conscientemente com suas imagens ou não. Descobrir esse conto<br />

pode ser de grande aju<strong>da</strong> no caminho para a interpretação do padrão <strong>da</strong>

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