06.05.2013 Views

A doenca como linguagem da alma.pdf

A doenca como linguagem da alma.pdf

A doenca como linguagem da alma.pdf

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

deixar que lhe “quebrem a cara", recomen<strong>da</strong>-se morder e "botar para<br />

quebrar". Mas isso deve acontecer conscientemente e nos lugares certos,<br />

pois caso contrário consegue-se uma elaboração na melhor <strong>da</strong>s hipóteses,<br />

mas não a (dis)solução <strong>da</strong> sintomática e do conflito de fundo.<br />

As prescrições terapêuticas <strong>da</strong> medicina acadêmica, de maneira<br />

característica, não são menos agressivas. Elas procuram unicamente dirigir<br />

as agressões para dentro, ou seja, ain<strong>da</strong> mais contra o próprio paciente, em<br />

uma forma macabra de proteção ao meio ambiente. A repressão <strong>da</strong> dor com<br />

a aju<strong>da</strong> de analgésicos pesados vai nessa direção. Com o emprego de<br />

psicofármacos a psique, que de qualquer maneira já está amor<strong>da</strong>ça<strong>da</strong>, vê-se<br />

ain<strong>da</strong> mais restringi<strong>da</strong>, para que o paciente não chame a atenção e ninguém<br />

se escan<strong>da</strong>lize com ele. É a tentativa desespera<strong>da</strong> de evitar a manifestação<br />

de uma situação que pede sinceri<strong>da</strong>de a gritos. A cirurgia, <strong>como</strong> último<br />

recurso, é mais sincera ain<strong>da</strong>. Seccionando de fato o nervo, a crueza e<br />

mesmo a violência emprega<strong>da</strong>s tornam-se palpáveis A eletrocoagulação do<br />

ganglion gasseri vai mais longe ain<strong>da</strong>. Em um passo terapêutico marcial,<br />

esse centro nervoso, de onde o trigêmeo parte, é obliterado eletricamente. A<br />

<strong>linguagem</strong> científica mais refina<strong>da</strong> não pode ocultar o tema em questão:<br />

trata-se de agressão que, com dores lancinantes, clama aos céus para<br />

irromper, exigindo um corte radical ou assumir corajosamente a própria vi<strong>da</strong>.<br />

Perguntas<br />

1. Que dor está escrita na minha cara? Onde minha sensibili<strong>da</strong>de está<br />

perturba<strong>da</strong>?<br />

2. O que impede que eu me sinta bem dentro de minha própria pele?<br />

3. Qual deformi<strong>da</strong>de, que defeitos eu tenho que ocultar?<br />

4. Como se chama o mau jogo ao qual eu faço boa cara? O que me<br />

irrita e me provoca mais profun<strong>da</strong>mente?<br />

5. A quem estão destinados os golpes contidos que ardem na minha<br />

cara? O que me impede de desferi-los?<br />

6. O que vale confrontar-se? Onde me falta a auto-afirmação, onde me<br />

falta a necessária capaci<strong>da</strong>de de morder?<br />

7. O que é que a minha energia represa<strong>da</strong> quer assumir e empreender<br />

em segui<strong>da</strong>?<br />

118<br />

Paralisia facial ou paralisia nervosa do rosto

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!