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A doenca como linguagem da alma.pdf

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de tricotar e ain<strong>da</strong> por cima desenvolve uma inflamação dos tendões mostra,<br />

simplesmente, que não tem consciência do quanto está contraído. Algo que<br />

não é de forma alguma relaxante se insinua entre as malhas sem ser notado.<br />

Talvez alguém deva ser atraído ou deva cair nessas malhas <strong>como</strong> a mosca<br />

na teia <strong>da</strong> aranha. Tais motivações prenhes de destino podem encher de<br />

tensão a ativi<strong>da</strong>de mais relaxante. O conflito inconsciente inflama-se então<br />

na bainha dos tendões, já que eles são as cor<strong>da</strong>s <strong>da</strong>s quais tudo ou, de<br />

qualquer forma, pelo menos a força dos músculos, depende. Em vez de<br />

suportar a força modestamente, eles provocam dificul<strong>da</strong>des e, com gritos de<br />

dor, forçam um descanso para si e, para seus proprietários, uma pausa para<br />

meditação. To<strong>da</strong> terapia desembocará no repouso, seja pela razão no<br />

momento oportuno ou, mais tarde, pelo gesso.<br />

A lição oculta, no entanto, somente tem o repouso <strong>como</strong> objetivo<br />

superficial. A partir dele seria necessário que se desenvolvesse a consciência<br />

<strong>da</strong> dolorosa situação. Os pacientes deveriam tornar-se tão conscientes de<br />

sua ativi<strong>da</strong>de a ponto de reconhecer o sentido mais profundo e as intenções<br />

com ele relaciona<strong>da</strong>s. Os músculos contraídos revelam resistência. É preciso<br />

descobrir contra que esta se dirige. O forte atrito causado pela resistência<br />

pode ser sentido e quase que ouvido na sensibili<strong>da</strong>de dolorosa <strong>da</strong> inflamação<br />

consuma<strong>da</strong> na bainha dos tendões. O tendão, sob a tensão e a dor,<br />

praticamente rasga a bainha que o envolve, to<strong>da</strong> a flexibili<strong>da</strong>de é elimina<strong>da</strong><br />

em prol de um esforço fatigante, segundo o lema "agora sim". Sempre há,<br />

portanto, um certo encarniçamento na inflamação <strong>da</strong> bainha do tendão. É<br />

preciso morder os dentes para ignorar os sinais de advertência que podem<br />

ser sentidos com nitidez, ir em frente e mergulhar no sintoma totalmente<br />

desencadeado.<br />

Os panos de fundo podem variar, naturalmente nem sempre se trata de<br />

um pulôver que deve ficar pronto rapi<strong>da</strong>mente. Essa situação é típica<br />

unicamente porque expressa o conflito entre o desejo consciente de<br />

eficiência e conclusão do trabalho e a resistência inconsciente em relação à<br />

obra. A bainha dos tendões também pode incorrer em conflitos candentes<br />

com outros trabalhos manuais tais <strong>como</strong> a <strong>da</strong>tilografia. As ocupações<br />

menciona<strong>da</strong>s têm em comum a monotonia dos movimentos que não são<br />

cansativos ou esgotadores em si e a resistência não admiti<strong>da</strong> que se encarna<br />

e ao mesmo tempo se esconde na bainha dos tendões.<br />

Não se trata de nenhuma grande resistência perigosa com tendência a<br />

sair <strong>da</strong>ndo golpes - esta deveria mostrar-se nos músculos dos braços - mas<br />

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