06.05.2013 Views

A doenca como linguagem da alma.pdf

A doenca como linguagem da alma.pdf

A doenca como linguagem da alma.pdf

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

fulminante do outro plano, que lhes instila o mais profundo terror ou uma<br />

admiração incrédula. Normalmente, grita-se de decepção ou de medo ou<br />

porque algo supera as próprias forças; às vezes também de deleite. Até<br />

mesmo um grito de socorro seria compatível com a situação, bem <strong>como</strong> um<br />

grito primordial arrancado <strong>da</strong>s profundezas do afetado. O neuropsicólogo<br />

Oliver Sacks lembra que Dostoievski às vezes vivenciava auras epilépticas<br />

estáticas e o cita <strong>como</strong> se segue: “Há momentos, e eles duram apenas cinco<br />

ou seis segundos, nos quais se experimenta a existência de uma harmonia<br />

divina... A horrível clareza com que eles se revelam e o arrebatamento com<br />

que nos enche são assustadores. Se esse estado durasse mais que cinco ou<br />

seis segundos, a <strong>alma</strong> não o poderia suportar e teria de fugir. Nesses cinco<br />

segundos eu vivo to<strong>da</strong> uma vi<strong>da</strong> humana, e por eles eu <strong>da</strong>ria tudo, sem achar<br />

que estava pagando muito caro... 59 ”.<br />

A AEC corrobora as interpretações de invasão súbita de algo poderoso. A<br />

ativi<strong>da</strong>de elétrica do cérebro é desliga<strong>da</strong> de um só golpe. Os fusíveis se<br />

queimam e uma força muito mais poderosa assume a iniciativa. O sistema<br />

nervoso dos pacientes não está em condições de manter a corrente invasora,<br />

mais forte, na consciência. Aqui, volta a ficar clara a semelhança com a<br />

interpretação hindu, de que na epilepsia uma força sagra<strong>da</strong> se aplaca. Nós<br />

também conhecemos tais idéias <strong>da</strong> Bíblia, quando as pessoas não suportam<br />

olhar diretamente para Deus e são adverti<strong>da</strong>s várias vezes para não tentar<br />

fazê-lo. Pode-se ao menos constatar que no ataque atua uma energia que<br />

supera em muito a dos pacientes. Nem o sistema nervoso está eletricamente<br />

à sua altura nem a consciência pode fazer-lhe frente em outros aspectos. É<br />

<strong>como</strong> se repentinamente se passasse <strong>da</strong> corrente alterna<strong>da</strong> para uma<br />

corrente de alta voltagem. De acordo com as experiências <strong>da</strong> terapia <strong>da</strong><br />

reencarnação, no caso <strong>da</strong> epilepsia trata-se sobretudo <strong>da</strong> invasão de forças<br />

superiores escuras.<br />

É compreensível que após tudo isso os pacientes precisem dormir.<br />

Entretanto, o sono profundo e ain<strong>da</strong> quase inconsciente que não restaura as<br />

forças, sendo ele mesmo ain<strong>da</strong> mais fatigante, é prova de que ou as<br />

experiências no outro plano continuam ou então são integra<strong>da</strong>s em um<br />

processo que consome as energias, e os condutos elétricos ultracansados<br />

precisam se regenerar. É claro que a cabeça dói após o ataque, ela foi<br />

totalmente exigi<strong>da</strong> ao menos energeticamente, mas talvez também quanto a<br />

seu conteúdo. Os pacientes se refazem aos poucos <strong>da</strong> longa viagem que<br />

rompe as fronteiras de sua consciência. Depois, eles estão<br />

213

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!