06.05.2013 Views

A doenca como linguagem da alma.pdf

A doenca como linguagem da alma.pdf

A doenca como linguagem da alma.pdf

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

impede também <strong>da</strong>nos mais profundos no âmbito nervoso.<br />

Neste sentido, o colapso nervoso é a própria terapia. Ele põe fim a um<br />

estado forçado, colapsando as comunicações com o entorno e isolando o<br />

paciente. Ao chegar ao estágio de emergir para o mundo exterior, ele sinaliza<br />

de maneira expressiva que isso não pode continuar assim em sua vi<strong>da</strong>. Ele<br />

não pode manter tal quanti<strong>da</strong>de de contatos externos e obrigações. Aqui, a<br />

tarefa torna-se muito níti<strong>da</strong>: trata-se de abandonar a luta no exterior,<br />

encontrar-se de novo consigo mesmo e estabelecer contato com o próprio<br />

centro. Só então tem sentido retomar lentamente o contato com o exterior.<br />

O estado precedente de desequilíbrio nervoso devido à angústia de estar<br />

perdendo algo e não estar participando de algo em algum lugar mostra,<br />

àqueles que querem <strong>da</strong>nçar em todos os casamentos, seus limites, mas<br />

também oportuni<strong>da</strong>des. A tarefa de aprendizado é, aqui, estabelecer contatos<br />

não somente com o exterior mas também, e sobretudo, com o íntimo. Se o<br />

afetado está permanentemente à procura <strong>da</strong>quilo que é mais importante no<br />

exterior em um determinado momento, sua tarefa é contatar aquilo que é<br />

mais importante no interior, com o próprio coração, portanto. Os sintomas -<br />

<strong>da</strong> taquicardia à síncope - que surgem nesse contexto, apontam nessa<br />

direção. Mais contato com o comando central <strong>da</strong> consciência também<br />

poderia ser necessário, tal <strong>como</strong> o comprovam os bons resultados obtidos<br />

pelas excursões guia<strong>da</strong>s. Dessa maneira, os pacientes têm acesso à paz e à<br />

c<strong>alma</strong> que reina no centro de ca<strong>da</strong> ser humano. Eles constatam que a busca<br />

de contato refleti<strong>da</strong> no nervosismo é uma caricatura <strong>da</strong> busca de união<br />

interna com o próprio centro. A frenética busca de reconhecimento é<br />

substituí<strong>da</strong> pela amabili<strong>da</strong>de interna, e a partir <strong>da</strong>i desenvolve-se uma<br />

sensação de centrali<strong>da</strong>de e comunicação genuína. Esta, entretanto, não tem<br />

somente uma proximi<strong>da</strong>de idiomática com a comunhão, a ligação de meio<br />

com meio, ou seja, de coração com coração.<br />

Perguntas<br />

1. Meu padrão de comunicações tem reservas ou eu estou à beira de<br />

um colapso nervoso devido à sobrecarga contínua?<br />

2. Eu mantenho contato com os temas candentes de minha vi<strong>da</strong>? Ou<br />

uso justamente os "nervos fracos” para esquivar-me deles?<br />

3. Em que circunstâncias sinto meus nervos? O que me dá nos nervos?<br />

A quem eu permito passear por eles?<br />

4. Tenho espaço suficiente para me abrir ou sinto-me apertado?<br />

170

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!