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A doenca como linguagem da alma.pdf

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corpo e suas respectivas relações. Aquilo que os chineses descrevem <strong>como</strong><br />

meridianos é chamado de nadis pelos hindus. Muitos povos arcaicos também<br />

desenvolveram um impressionante conhecimento sobre os caminhos de<br />

comunicação de energia do corpo. Lugares onde a energia está concentra<strong>da</strong>,<br />

conhecidos <strong>como</strong> chakras pela cultura indiana, são mencionados em<br />

diversas tradições. No Oriente, tem-se sete desses chakras principais <strong>como</strong><br />

ponto de parti<strong>da</strong>. Os dois superiores encontram-se na cabeça, os inferiores<br />

na pelve, o terceiro está na passagem <strong>da</strong> região <strong>da</strong> pelve para a região do<br />

ventre, o quinto na região do pescoço, sendo que o quarto, central, é o<br />

chakra do coração. Desta maneira, do ponto de vista energético existem três<br />

pontos principais no organismo: a cabeça <strong>como</strong> pólo oposto <strong>da</strong> pelve e entre<br />

os dois, no meio, o peito com a área do coração. Embora o conhecimento<br />

sobre esses três centros principais possa ser encontrado em praticamente<br />

todo o mundo, os pontos principais são dispostos de maneira muito diferente.<br />

Ao longo de seu desenvolvimento, os povos germânicos do norte<br />

aprenderam a enfatizar a cabeça, enquanto os povos mediterrâneos vivem<br />

mais a partir do coração; já as ameaça<strong>da</strong>s culturas orientais <strong>da</strong> Índia<br />

abandonam-se à sensação que provém do ventre. Em comparação com o<br />

êxito de outras culturas, eles encontram-se de fato em situação de ver<strong>da</strong>deiro<br />

abandono. Apoiados em suas instituições, eles não puderam fazer frente<br />

nem aos povos de sangue quente <strong>da</strong> Espanha e de Portugal nem à razão<br />

agressiva <strong>da</strong>s culturas nórdicas.<br />

Se no inicio <strong>da</strong> história reconheci<strong>da</strong> por nós a humani<strong>da</strong>de, baseando-se<br />

na sensação do ventre e seus instintos, vivia em estreita relação com a Mãe<br />

Terra, o centro do coração passou a ser predominante a partir do domínio do<br />

mundo por espanhóis e portugueses para ser finalmente substituído pelo<br />

poder intelectual <strong>da</strong> cabeça. Como instância superior do corpo, ao longo <strong>da</strong><br />

história a cabeça aprendeu a dominar os outros centros. As culturas que<br />

enfatizam a cabeça subjugaram a Terra. Mas aquilo que aconteceu no<br />

mundo teve lugar também, paralelamente, no corpo e na <strong>alma</strong>. A cabeça<br />

submeteu o coração e o ventre e teve início um impiedoso domínio <strong>da</strong> razão.<br />

Com olhos, ouvidos, nariz e papilas gustativas, ela dispõe de um monopólio<br />

praticamente absoluto <strong>da</strong> informação28 ; além disso, tendo o cérebro no<br />

centro, administra esse fluxo de informação a seu bel-prazer. Desde que o<br />

homo erectus ergueu a cabeça, ele passou a ter não apenas os membros<br />

anteriores livres para cui<strong>da</strong>r de seus interesses, ele pôde também<br />

transformar seu cérebro em um órgão maior. Este, em conseqüência,<br />

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