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A doenca como linguagem da alma.pdf

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corresponde à porção feminina, escura <strong>da</strong> <strong>alma</strong>.<br />

O ruído de serrote em uma ou em ambas as fases <strong>da</strong> respiração fala de<br />

uma comunicação dura, pouco afia<strong>da</strong>. Por trás disso, oculta-se uma<br />

argumentação crua e um esforço para comunicar de que os afetados não têm<br />

consciência. Para os outros, no entanto, o estilo de comunicação alto,<br />

demonstrativo, que não pode deixar de ser ouvido e que freqüentemente é<br />

agressivo fica muito claro. O fato de os roncadores serem os únicos que não<br />

percebem seus roncos indica que eles também são os únicos que não<br />

percebem seu estilo de comunicação.<br />

À noite, portanto, eles precisam de válvulas de escape para expressar de<br />

forma crua tudo aquilo que ain<strong>da</strong> não foi dito. O alto consumo de energia<br />

desse tipo de comunicação é audível no esforço que fazem. Ao acor<strong>da</strong>r, eles<br />

estão correspondentemente menos descansados.<br />

O problema de ritmo destaca-se nas pausas de respiração extremamente<br />

longas, que ocorrem com freqüência e que de forma reflexa forçam a uma<br />

inspiração especialmente profun<strong>da</strong>. As pessoas que roncam demonstram o<br />

quanto penetraram de forma comunicativa em um dos pólos. Reflete-se aqui<br />

uma forma de comunicação cansativa a ponto de fazer faltar o ar, forçando<br />

às pausas de respiração correspondentes. Os longos intervalos sem ar<br />

explicitam que muitas vezes não ocorre qualquer intercambio. Comunicação<br />

é troca. As pessoas que roncam, entretanto, expelem mais do que<br />

compartilham, e finalmente se bloqueiam até que pouco antes de sufocar<br />

voltam a tomar ar de maneira que não pode deixar de ser ouvi<strong>da</strong>. Não<br />

respirar quer dizer não participar <strong>da</strong> vi<strong>da</strong>.<br />

Foi comprovado com a maioria <strong>da</strong>s pessoas que roncam que elas, devido<br />

a seu extenuante estilo de comunicação precisam, por um lado, de longas<br />

pausas de regeneração, e que por outro descansam pouco com esse tipo de<br />

sono. Elas compensam a baixa quali<strong>da</strong>de por meio <strong>da</strong> quanti<strong>da</strong>de. Aqui<br />

poderia estar também a explicação para as indicações <strong>da</strong>s estatísticas de<br />

que as pessoas que roncam não são saudáveis. Não é tanto que o roncar em<br />

si não seja saudável; ele é uma indicação de uma situação<br />

fun<strong>da</strong>mentalmente pouco saudável.<br />

Perguntas<br />

1. Onde exagero um dos pólos <strong>da</strong> reali<strong>da</strong>de?<br />

2. Até que ponto falta em mim a ligação entre os extremos?<br />

3. Que papel desempenha a comunicação do lado feminino <strong>da</strong> <strong>alma</strong>?<br />

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