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A doenca como linguagem da alma.pdf

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Inflamação <strong>da</strong>s unhas<br />

Este sintoma, também chamado de panarício, pode surgir tanto nas unhas<br />

<strong>da</strong>s mãos <strong>como</strong> dos pés. O leito <strong>da</strong> unha, o espaço onde ela cresce e se<br />

alimenta, está inflamado e com pus. A inflamação nessa região encarna um<br />

conflito em relação ao lar <strong>da</strong> agressão, ou seja, <strong>da</strong> vitali<strong>da</strong>de. De maneira<br />

semelhante ao que acontece na inflamação <strong>da</strong>s gengivas (gengivite), o tema<br />

<strong>da</strong> confiança primordial está sendo aludido. As ferramentas <strong>da</strong> agressão,<br />

garras e dentes, precisam de um fun<strong>da</strong>mento saudável para tornar-se<br />

agressivos de acordo com sua determinação. De maneira análoga, uma<br />

pessoa precisa <strong>da</strong> confiança primordial para poder <strong>da</strong>r expressão a sua<br />

agressão, sua vitali<strong>da</strong>de e sua energia.<br />

Quando falta autoconfiança às crianças e, sobretudo, confiança nos pais,<br />

elas não se atrevem a ser agressivas. Aquilo que externamente parece uma<br />

louvável afeição é, muitas vezes, falta de confiança. Quando, ao contrário,<br />

elas se atrevem a algo que os pais de forma alguma valorizam, manifestam<br />

com isso confiança, pois podem contar com os pais mesmo quando dão<br />

vazão à sua agressivi<strong>da</strong>de, ou seja, sua vitali<strong>da</strong>de. Estar permanentemente<br />

gru<strong>da</strong>do na barra <strong>da</strong> saia <strong>da</strong> mãe, ao contrário, deixa entrever medo e falta<br />

de confiança.<br />

Quando ao conflito na base <strong>da</strong> agressão no leito <strong>da</strong> unha soma-se ain<strong>da</strong><br />

roer as unhas, a situação torna-se mais clara ain<strong>da</strong>. A criança não se atreve<br />

a agarrar a vi<strong>da</strong> e mostrar as garras. A válvula de escape para a energia vital<br />

não é suficiente e a criança, portanto, dirige sua agressivi<strong>da</strong>de contra si<br />

mesma e castra suas próprias ferramentas de agressão. Em vez de ficarem<br />

contentes pelo fato de as crianças não dirigirem suas mordi<strong>da</strong>s contra eles,<br />

não é raro que os pais recorram a punições. Na tentativa de tirar o "vício" de<br />

seu filho, eles fazem com que o problema <strong>da</strong> agressão mergulhe ain<strong>da</strong> mais<br />

na sombra. É justamente a sinceri<strong>da</strong>de do sintoma que enfurece os<br />

educadores. Agora todos podem ver <strong>como</strong> seu filho vive de forma contrária à<br />

vitali<strong>da</strong>de.<br />

Algumas crianças levam essa situação tão longe que chegam a roer<br />

também as unhas dos pés. O que sua fome de agressão poderia deixar<br />

claro? Caso o sintoma perdure até a adolescência ou mesmo até a i<strong>da</strong>de<br />

adulta, isso mostra a contínua carência de possibili<strong>da</strong>des de expressão para<br />

a própria vitali<strong>da</strong>de. Não é raro que o sintoma desapareça para voltar a<br />

emergir mais tarde com outra roupagem, por exemplo sob a forma de uma

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