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A doenca como linguagem da alma.pdf

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Natureza faz com que sintamos seu poder, já que dispõe de bilhões dessas<br />

pequenas tropas na terra, na água e no ar e pode, aparentemente, desprovêlas<br />

de seu caráter inofensivo a seu bel-prazer, transformando-os em inimigos<br />

do ser humano.<br />

Os sintomas <strong>da</strong> meningite giram ao redor <strong>da</strong> cabeça e suas dores, sendo<br />

afeta<strong>da</strong>s também as membranas <strong>da</strong> medula, surgindo freqüentemente males<br />

semelhantes aos <strong>da</strong> gripe. No que se refere aos sintomas gerais surge, por<br />

um lado, irritabili<strong>da</strong>de, e por outro, falta de motivação que chega à apatia e à<br />

sonolência. A irritabili<strong>da</strong>de explicita a agressiva situação básica em que o<br />

corpo se encontra, freqüentemente ilustra<strong>da</strong> pelo chamado opistótono, o<br />

erguimento do paciente enquanto está deitado. O paciente é sacudido, <strong>como</strong><br />

se uma grande força quisesse despertá-lo para que lute pela vi<strong>da</strong>. A<br />

mandíbula trava<strong>da</strong> mostra a incapaci<strong>da</strong>de de se defender e revi<strong>da</strong>r. O<br />

mecanismo de agressão representado pela mandíbula está paralisado no<br />

mais alto nível de tensão. A hipersensibili<strong>da</strong>de, chama<strong>da</strong> de hiperestesia,<br />

deixa entrever <strong>como</strong> a pele, em seu papel de fronteira externa, está irrita<strong>da</strong>.<br />

Enquanto a batalha é trava<strong>da</strong> ao redor do escudo protetor do cérebro, no<br />

mais alto nível <strong>da</strong> cabeça, a cama<strong>da</strong> protetora do corpo está no mínimo em<br />

estado alerta máximo.<br />

Por outro lado, sintomas <strong>como</strong> a apatia mostram quão pouco os pacientes<br />

estão dispostos a conduzir conscientemente a luta pela sua própria vi<strong>da</strong>. Ao<br />

contrário, a sonolência demonstra, no mais profundo sentido, <strong>como</strong> eles<br />

passam a própria vi<strong>da</strong> dormindo. O sono, <strong>como</strong> irmão caçula <strong>da</strong> morte,<br />

parece levar a melhor em relação aos esforços de libertação <strong>da</strong> mãe<br />

primordial. A cabeça, capital do corpo, precisa deitar-se, e o cérebro, seu<br />

comando central, ameaça voltar a mergulhar nas águas do mar primordial. A<br />

total falta de apetite indica que o afetado perdeu ou nunca teve apetite pela<br />

vi<strong>da</strong>, e talvez também quão pouco saborosa é a atual situação de sua vi<strong>da</strong>.<br />

Os delírios dispensam interpretações, expressando de maneira muito direta a<br />

temática inconsciente que até então ficara para trás. A quali<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s<br />

torturantes dores de cabeça vão do latejar e <strong>da</strong>s ponta<strong>da</strong>s até a sensação de<br />

que a cabeça vai rachar. Elas quase sempre são de uma intensi<strong>da</strong>de tal que<br />

os pacientes acham que não vão poder agüentá-las e temem perecer devido<br />

a elas. Parece que a cabeça vai explodir.<br />

Tal ameaça surge quando o proprietário adiou por um tempo demasiado<br />

longo ou nunca esteve disposto a conquistar seu espaço vital, mostrando<br />

<strong>como</strong> este ficou estreito. Isso é válido também para os recém-nascidos, que<br />

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