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A doenca como linguagem da alma.pdf

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muitas possibili<strong>da</strong>des de movimento que já estão à disposição. O tema e a<br />

lição são a flexibili<strong>da</strong>de, que deve ser realiza<strong>da</strong> sobretudo no sentido<br />

figurado. É preciso deixar que o novo irrompa, abrir-se para embates<br />

extremos e trazer para o mundo dos sentimentos do coração e do<br />

intercâmbio uma mobili<strong>da</strong>de que alivie fisicamente o tórax.<br />

Perguntas<br />

1. O que, além <strong>da</strong> violência, pode arrombar o tesouro do meu peito?<br />

2. Que âmbito do mundo de meus sentimentos está de tal modo<br />

encarcerado que sua única chance consiste em libertar-se violentamente?<br />

3. Onde manobrei em um lugar tão estreito que não sei mais sair e<br />

estou à mercê <strong>da</strong> violência externa?<br />

4. Até que ponto negligenciei o intercambio?<br />

5. Tenho confiança para permitir que os temas <strong>da</strong> abertura<br />

(sinceri<strong>da</strong>de) e <strong>da</strong> flexibili<strong>da</strong>de voltem a ganhar fôlego em minha vi<strong>da</strong>?<br />

Roncar<br />

O fenômeno do ronco, que se torna mais freqüente à medi<strong>da</strong> que a i<strong>da</strong>de<br />

avança afeta, mais que a respiração, o tema <strong>da</strong> comunicação. Soma-se a<br />

isso uma problemática de ritmo que se expressa nas fases irregulares <strong>da</strong><br />

respiração. No âmbito noturno, a comunicação decorre de forma angulosa e<br />

áspera, há uma resistência considerável em jogo. As pessoas que roncam<br />

têm medo de in<strong>como</strong><strong>da</strong>r os outros e o fazem noite após noite. Seu contato<br />

com o ambiente está perturbado. O organismo deixa claro que quer ficar<br />

sozinho ao menos durante a noite. Ruidosamente, eles mantêm os outros a<br />

distância. Com o "pretexto" de não querer in<strong>como</strong><strong>da</strong>r, eles abrem espaço<br />

para si mesmos. Ain<strong>da</strong> que se empenhem em enfatizar o quanto gostariam<br />

de passar a noite juntos na cama de casal, seu sintoma fala uma outra<br />

<strong>linguagem</strong>. Caso alguém ain<strong>da</strong> assim ousasse aproximar-se deles durante a<br />

noite, precisaria de considerável humil<strong>da</strong>de e vontade de subordinação em<br />

meio a seu ritmo inaudível, ou então de tampões de ouvido. Ele, assim,<br />

estará surdo em relação ao roncador. Não resta dúvi<strong>da</strong> quanto a quem dá o<br />

tom aqui. Suspeita-se que os roncadores não estão em condições de abrir<br />

espaço, exigir distância e respeito e <strong>da</strong>r o tom durante o dia. Eles<br />

demonstram em alto e bom som que precisam de mais atenção, de qualquer<br />

maneira ao menos no que se refere a seu lado noturno, de sombras. Este<br />

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