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A doenca como linguagem da alma.pdf

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especialmente difícil que eles não façam comparações em suas valorações.<br />

Todo comportamento dirigido para o orgulho e a concorrência, que é<br />

fun<strong>da</strong>mentalmente impeditivo no âmbito sexual, passa por terapias drásticas<br />

e a tendência geral do quadro de sintomas de impor a fraqueza é ain<strong>da</strong> mais<br />

incentiva<strong>da</strong>.<br />

Por um lado os sintomas tornam a pessoa sincera e, por outro, explicitam<br />

a tarefa de aprendizado e apontam o caminho. O endurecimento e a fixação<br />

exigem a consecução firme e conseqüente <strong>da</strong>s próprias necessi<strong>da</strong>des vitais<br />

e encontrar força em si mesmo. Uma forte autoconfiança precisa tornar-se a<br />

base <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> anímica e substituir o endurecimento dos nervos físicos. Só vale<br />

a pena ambicionar ter nervos de aço em sentido figurado. Pacientes de EM,<br />

com o medo que têm de ver a si mesmos - para não falar em realizar-se -<br />

tendem a fazer-se pequenos, desamparados e apáticos.<br />

A liberação <strong>da</strong> fraqueza, em última instância, está na entrega, em assumir<br />

o ceder e o deixar acontecer impostos pelo corpo. k desistência <strong>da</strong> luta tornase<br />

tarefa. A necessi<strong>da</strong>de raramente externa<strong>da</strong> que os pacientes de EM têm<br />

de planejar, dirigir e controlar tudo de acordo com suas concepções é<br />

submeti<strong>da</strong> a terapia pelo destino. É somente quando se logra uma liberação<br />

<strong>da</strong>s exigências do meio ambiente que se deve voltar a transformar o egoísmo<br />

conquistado e primariamente saudável e submeter-se a uma vontade<br />

superior. “Seja feita a Sua vontade, não a minha!” Mas antes que tais<br />

elevados ideais religiosos tenham uma chance, é necessário parar<br />

internamente sobre as próprias pernas. A necessi<strong>da</strong>de de afirmar a si mesmo<br />

é dirigi<strong>da</strong> por uma existência-sombra e é vivi<strong>da</strong> quase exclusivamente nos<br />

sintomas <strong>da</strong> doença. É possível exercer poder com o diagnóstico de EM, o<br />

que raramente é visto e é freqüentemente combatido. A tarefa não pode estar<br />

em mais entrega às exigências do ambiente, mas em primeiro lugar em uma<br />

entrega às próprias necessi<strong>da</strong>des e, em última instância, a Deus, ou seja, à<br />

uni<strong>da</strong>de no sentido do "Seja feita a Sua vontade!". A entrega ao ambiente<br />

somente poderia atuar de forma redentora quando a obediência ca<strong>da</strong>vérica e<br />

o seguir contrariado oriundos <strong>da</strong> fraqueza tornarem-se participação leva<strong>da</strong><br />

internamente, tal <strong>como</strong> acontece com freqüência quando os pacientes<br />

intervêm em favor de seus colegas de sofrimento. A exagera<strong>da</strong> necessi<strong>da</strong>de<br />

de sono e o cansaço paralisante acentuam a noite e, com ela, o lado<br />

feminino do dia, alojando no coração dos pacientes. Os próprios sentimentos,<br />

sonhos e fantasias e seu espaço vital tornam-se tarefa de vi<strong>da</strong>.<br />

Dores na coluna dirigem a atenção para a luta pela própria linha e pela<br />

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