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A doenca como linguagem da alma.pdf

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cinzento, vazios, inúteis e deixados de lado. Eles chamam tão pouco a<br />

atenção que isso até volta a chamar a atenção. Cansados d(est)a vi<strong>da</strong>, eles<br />

esqueceram que aquilo que admitem em seu peito estreito tem pouco a ver<br />

com a vi<strong>da</strong>. Neles a caixa do peito, que na ver<strong>da</strong>de quer transbor<strong>da</strong>r de<br />

sentimentos e emoções, é pequena demais, vazia e fecha<strong>da</strong>. Por essa razão,<br />

eles costumam ter na cabeça grandes pensamentos que chegam até às<br />

fantasias de onipotência.<br />

Nos opositores com peito desmesurado essa caixa é grande demais,<br />

abarrota<strong>da</strong> e igualmente fecha<strong>da</strong>. Ambos, a partir de pólos diferentes,<br />

construíram barrica<strong>da</strong>s contra a vi<strong>da</strong>. Os inflados constroem fortificações<br />

contra a vi<strong>da</strong>, os que precisam de proteção com o peito retraído se<br />

disfarçam. Assim ambos, em sua oposição extrema, estão de acordo quanto<br />

ao ponto decisivo: assentados no solo dos sentimentos de inferiori<strong>da</strong>de, eles<br />

não estão abertos e permeáveis para a energia <strong>da</strong> vi<strong>da</strong>.<br />

296<br />

3. "Sintomas" do peito<br />

Fratura de costelas<br />

Fraturas de costelas, especialmente as fraturas em série, abrem uma<br />

fen<strong>da</strong> na fortificação do tórax. E necessária violência considerável e uma<br />

situação especialmente restritiva e fixadora para romper uma construção tão<br />

elástica <strong>como</strong> o tórax. Normalmente, to<strong>da</strong> a pessoa se esquivaria, ou então a<br />

estrutura de costelas e cartilagens absorveria o golpe. Na fratura de costelas,<br />

a violência precisa ser enorme e apanhar a vitima despreveni<strong>da</strong>, ou então<br />

esta está entala<strong>da</strong> e não pode mais sair <strong>da</strong> situação restritiva. A descrição <strong>da</strong><br />

situação física caracteriza ao mesmo tempo a situação anímica, já que a<br />

fratura de costelas faz com que se torne necessário romper com uma<br />

situação rígi<strong>da</strong> e restritiva. Em última instância, é a tentativa de abrir um<br />

buraco na fortaleza e forçar a franqueza nega<strong>da</strong> por meio <strong>da</strong> violência.<br />

Aquela abertura física força<strong>da</strong> pela fratura e, sobretudo, a maior<br />

mobili<strong>da</strong>de obti<strong>da</strong> dessa maneira, deveria ser realiza<strong>da</strong> no plano anímicoespiritual.<br />

Por meio <strong>da</strong> fratura, novas "articulações auxiliares", os locais <strong>da</strong><br />

fratura, são postas temporariamente em funcionamento. A profilaxia em<br />

relação a outras fraturas seria reviver de livre e espontânea vontade as

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