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A doenca como linguagem da alma.pdf

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feminina compondo a parte posterior <strong>da</strong> pélvis.<br />

Tanto a intercalação de elementos duros e brandos <strong>como</strong> a intercalação<br />

de formas, que na ver<strong>da</strong>de transformam a CV em uma guirlan<strong>da</strong> de<br />

vértebras, realizam de maneira simples a idéia do amortecedor. Os dois<br />

princípios estão em condições de amortecer golpes e torções de forma ideal.<br />

Normalmente, há uma pressão de 30 a 50 kg sobre os discos intervertebrais.<br />

Eles podem absorver uma carga quatro vezes maior com um achatamento<br />

mínimo. A a<strong>da</strong>ptação à carga diária pode ser comprova<strong>da</strong> de maneira muito<br />

simples com uma fita métrica. Uma pessoa é niti<strong>da</strong>mente mais alta pela<br />

manhã que à noite. A carga do dia a comprime (em até 2 cm).<br />

Cargas agu<strong>da</strong>s, ao contrário, são amorteci<strong>da</strong>s por flexões <strong>da</strong> CV. Os<br />

amortecedores de um automóvel seguem esse principio genial. As flexões <strong>da</strong><br />

CV correspondem às molas em espiral que, circun<strong>da</strong>ndo por fora os<br />

amortecedores propriamente ditos, absorvem golpes repentinos. Os<br />

amortecedores propriamente ditos correspondem ao sistema vértebro-discal,<br />

que suportam as cargas contínuas.<br />

Como acontece com tanta freqüência, a problemática está nos extremos:<br />

com a compressão exagera<strong>da</strong> <strong>da</strong> forma em S, perde-se a posição ereta em<br />

favor de uma excessiva capaci<strong>da</strong>de de a<strong>da</strong>ptação. Essas pessoas<br />

desenvolvem uma corcova. quando a forma em S se comprime muito pouco,<br />

acontece o contrário. Os afetados se pavoneiam pela vi<strong>da</strong> sem a necessária<br />

capaci<strong>da</strong>de de a<strong>da</strong>ptação e sem a possibili<strong>da</strong>de de absorver golpes e<br />

choques. Eles são muito duros (de molejo) e retos e, conseqüentemente,<br />

propensos a se ferir.<br />

Antes de abor<strong>da</strong>rmos problemas concretos <strong>da</strong> coluna vertebral, vale a<br />

pena <strong>da</strong>r uma olha<strong>da</strong> na evolução. O desenvolvimento humano e o <strong>da</strong> coluna<br />

vertebral estão estreitamente ligados. quanto a esse ponto, não é de admirar<br />

que a grande maioria dos problemas de coluna tenha raízes na história <strong>da</strong><br />

evolução. Por outro lado, quando se pensa que uma entre ca<strong>da</strong> duas<br />

pessoas de nossa civilização já teve dores nas costas, fica claro o quanto<br />

essa história é problemática até hoje.<br />

Na vira<strong>da</strong> do século o paleontólogo Schwalbe conseguiu provar que o<br />

erguer-se sobre as patas traseiras ocorreu muito antes do desenvolvimento<br />

do cérebro. Foi encontrado o esqueleto de um ser com 30 milhões de anos<br />

de i<strong>da</strong>de que ain<strong>da</strong> tinha o cérebro de um macaco, mas que já an<strong>da</strong>va sobre<br />

as pernas. Outras considerações corroboram a suposição de que erguer-se<br />

sobre as patas traseiras foi o passo decisivo para tornar-se humano. Pois por<br />

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