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A doenca como linguagem da alma.pdf

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A articulação coxo-femural é a base de nosso caminhar e, com isso, o lar<br />

de nossos passos e progressos em grande e pequena escala, para o bem e<br />

para o mal. To<strong>da</strong> viagem começa com um passo, e também to<strong>da</strong> caminha<strong>da</strong>.<br />

Dores na articulação coxo-femural, que na maioria dos casos têm origem em<br />

uma artrose, impedem essas caminha<strong>da</strong>s e sinalizam aos afetados que não<br />

se pode mais contar com grandes progressos. Eles somente avançam (na<br />

vi<strong>da</strong>) com dores. Ao lado do surgimento de desgastes, são colocados em<br />

questão <strong>como</strong> base medicinal, sobretudo, os problemas reumáticos.<br />

A tarefa seria conformar-se com o descanso forçado, reconhecer <strong>como</strong> o<br />

progresso e o movimento são difíceis e <strong>da</strong>r passos internos em vez de<br />

externos. Com a admissão de que a capaci<strong>da</strong>de de articulação nesse plano<br />

foi perdi<strong>da</strong>, os objetivos externos desaparecem na distância. Ao mesmo<br />

tempo, nesta oportuni<strong>da</strong>de pode ocorrer aos afetados que continua sendo<br />

possível articular e também alcançar objetivos internos durante o descanso<br />

forçado. A articulação desgasta<strong>da</strong>, que com seu an<strong>da</strong>r tenaz dá a impressão<br />

de não ter sido lubrifica<strong>da</strong>, sinaliza que os caminhos externos devem ser<br />

limitados. A situação encalhou. Isso leva naturalmente ao descanso. Caso<br />

este seja suficientemente profundo, dele resultará novamente movimento, na<br />

ver<strong>da</strong>de movimento interno.<br />

A saí<strong>da</strong> utiliza<strong>da</strong> hoje é a articulação coxo-femural artificial, um truque tão<br />

genial <strong>como</strong> contrário ao desenvolvimento que permite à pessoa voltar a<br />

viver <strong>como</strong> se na<strong>da</strong> tivesse acontecido. Aqui também há uma chance para a<br />

sinceri<strong>da</strong>de, na medi<strong>da</strong> em que se admita que o progresso almejado no<br />

futuro é artificial, que estritamente falando não mais se pára em pé sobre as<br />

próprias pernas. Nova-mente é de supor que a partir de agora é preciso<br />

contar mais com a aju<strong>da</strong> de outras pessoas para as coisas externas e, por<br />

essa razão, tornar-se mais autônomo nas coisas internas. Daí pode-se<br />

derivar também a conclusão de que o progresso externo pode ser um<br />

progresso forçado artificialmente, desde que o genuíno ocorra em um outro<br />

plano.<br />

Perguntas<br />

1. Como avancei na vi<strong>da</strong>? Como progredi? Somente considerei<br />

objetivos externos? Consegui alcançá-los?<br />

2. É possível alcançar meus objetivos por caminhos externos?<br />

3. Onde encalhei ou me enganchei?<br />

4. Que papel desempenha para ruim o descanso e o recolhimento?<br />

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