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A doenca como linguagem da alma.pdf

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o entorno e suas exigências <strong>como</strong> enervantes. Quem, ao contrário, tem<br />

nervos <strong>como</strong> arames, pode se <strong>da</strong>r ao luxo de viver de acordo com o tempo,<br />

ou seja, manter-se em contato com os temas do presente. Para ele, as<br />

exigências são um estimulo nervoso bem-vindo e em vez de serem molestas,<br />

propiciam uma sensação de vitali<strong>da</strong>de. Uma tal “pessoa sem nervos” é<br />

alguém que não tem necessi<strong>da</strong>de de mostrar os nervos porque está seguro<br />

de seu funcionamento até mesmo em situações de perigo. Ele tem realmente<br />

nervos de aço. É preciso separar aqui aquelas pessoas que não mostram os<br />

nervos porque estes, amortecidos e insensíveis, já não percebem o que<br />

realmente acontece à sua volta. A força nervosa típica reside em sua<br />

autoconfiança, e não em poupar os nervos ou tranqüilizá-los constantemente.<br />

Eles estão relaxados e calmos, até que são exigidos. Então, a tensão<br />

propicia uma ocasião para comunicar-se com o interior e também com o<br />

exterior. A pessoa nervosa é muito diferente. Em uma situação normal ela já<br />

está niti<strong>da</strong>mente tensa, e ao ser exigi<strong>da</strong> chega rapi<strong>da</strong>mente ao limite de seus<br />

nervos.<br />

Os biólogos sabem que o nervosismo ocorre igualmente no reino animal,<br />

e não somente em cavalos de corri<strong>da</strong>, independentemente <strong>da</strong>s exigências<br />

naturais de sua vi<strong>da</strong>. Quando uma determina<strong>da</strong> espécie atinge a<br />

superpopulação e, com isso, tem seu espaço vital limitado, os animais<br />

individuais desenvolvem nítidos sinais de nervosismo, a comunicação entra<br />

em colapso e ocorrem surtos de agressão sem qualquer motivo. A falta de<br />

espaço produz a angústia (do latim angustus = estreito) que faz com que os<br />

fusíveis queimem. De maneira análoga, não é de admirar que ca<strong>da</strong> vez mais<br />

pessoas sofram de males nervosos e angústia, especialmente nos<br />

aglomerados <strong>da</strong>s grandes ci<strong>da</strong>des.<br />

Fun<strong>da</strong>mentalmente, o tema <strong>da</strong> comunicação está por trás dos problemas<br />

nervosos, unicamente que nos males nervosos ele mergulhou menos<br />

profun<strong>da</strong>mente na corporali<strong>da</strong>de que nus casos neurológicos. Uma pessoa<br />

nervosa não tem confiança em poder convencer o entorno de si mesma e de<br />

seu valor. Ela está insegura e busca constantemente sinais que a<br />

reassegurem. Isso se torna especialmente claro quando se está diante de<br />

uma prova especialmente desgastante para os nervos, quando parece que<br />

os nervos vão arrebentar de tão tensos antes mesmo que tudo tenha<br />

começado. Tais situações são senti<strong>da</strong>s <strong>como</strong> mortais pelas pessoas de<br />

nervos delicados. A agitação nervosa atinge o auge pouco antes do resultado<br />

decisivo, e os afetados agem de maneira totalmente enervante. Antes <strong>da</strong><br />

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