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A doenca como linguagem da alma.pdf

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freqüentemente, é um fenômeno que quer trazer um tema à consciência do<br />

afetado e que este bloqueia. A situação tem algo de teatral. Na maioria <strong>da</strong>s<br />

vezes, trata-se de um tema malicioso que, envolvido em uma pia<strong>da</strong>, por<br />

exemplo, impregna o ar <strong>da</strong> sala. Os afetados tentam ignorar o tema e agem,<br />

por exemplo, <strong>como</strong> se não tivessem entendido a pia<strong>da</strong> e de qualquer forma<br />

não tivessem na<strong>da</strong> a ver com isso. Apesar de que eles adorariam que o chão<br />

se abrisse sob seus pés para que pudessem tornar-se invisíveis, a sincera<br />

pele (do rosto) anuncia, através <strong>da</strong> ruborização, que eles sim têm algo a ver<br />

com isso. A "cara cor de tomate" atrai magicamente a atenção para si.<br />

Quanto mais seu proprietário resiste a esse conhecimento e tenta ac<strong>alma</strong>rse,<br />

mais vermelho e mais quente vai se tornando seu rosto. Como um farol,<br />

ele anuncia a penosa ver<strong>da</strong>de. O próprio tema é aludido até mesmo pelas<br />

"luzes vermelhas" que, no mundo exterior, transmitem a mesma mensagem<br />

quando coloca<strong>da</strong>s diante dos estabelecimentos correspondentes. A pele do<br />

rosto faz com que seja impossível deixar de ver aquilo que os afetados não<br />

querem perceber.<br />

A lição a ser aprendi<strong>da</strong> está clara. A lâmpa<strong>da</strong> vermelha somente se apaga<br />

quando a pessoa se dispõe a reconhecer o tema ao qual não prestou a<br />

devi<strong>da</strong> atenção e admite sua relação com ele. Aquilo que vivenciamos de<br />

maneira normal e natural não pode acender a luz <strong>da</strong> vergonha em nossa<br />

cara. Quando for realmente possível contar uma pia<strong>da</strong> correspondente sem<br />

morrer de vergonha, isso significa que o tema foi integrado, e a luz de alarma<br />

fica apaga<strong>da</strong>. O mais importante é que o âmbito que antes era desagradável<br />

e estava carregado de angústia pode agora ser vivenciado abertamente, com<br />

alegria, e ser integrado à vi<strong>da</strong>. Até mesmo um sintoma aparentemente tão<br />

pequeno e inofensivo esta em condições de revelar grandes tarefas de<br />

aprendizado.<br />

Perguntas<br />

1. Quais âmbitos <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> são penosos para mim? De que eu me<br />

envergonho?<br />

2. Quais são os sentimentos e sensações pelos quais não posso<br />

responder?<br />

3. Quais são as situações que eu sempre evito?<br />

4. O que eu poderia e deveria aprender justamente com essas<br />

situações?<br />

5. O que significa para mim expor-me ao público e ser o centro <strong>da</strong>s<br />

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