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A doenca como linguagem da alma.pdf

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tentativa de eclipsar-se.<br />

Além disso, a altura relativa dos ombros mostra, com o lado mais baixo,<br />

qual metade <strong>da</strong> polari<strong>da</strong>de é acentua<strong>da</strong> na vi<strong>da</strong>. Assim, nos homens é<br />

geralmente o ombro direito que está mais baixo, indicando com isso que<br />

estão mais distendidos nesse âmbito e tendendo a ir de encontro ao mundo<br />

de maneira masculinamente controla<strong>da</strong> e agressiva. O ombro esquerdo mais<br />

baixo, que ocorre em mulheres na maioria <strong>da</strong>s vezes, indica que se encara<br />

seu ambiente de maneira femininamente passiva. Com o ombro mais baixo<br />

mostra-se ao mundo o lado do qual se está mais seguro.<br />

A função própria dos ombros é <strong>da</strong>r liber<strong>da</strong>de de ação aos braços. Mas de<br />

maneira similar a <strong>como</strong> eles, com o tempo, podem mover-se para cima e<br />

proporcionar um esconderijo para a cabeça, eles podem mover-se também<br />

para a frente para abrigar entre si o peito e o coração. Esta é uma típica<br />

postura de auto-proteção, com a qual os afetados mostram <strong>como</strong> se sentem<br />

vulneráveis e carentes de proteção. Muitas vezes, nas mulheres, há por trás<br />

disso a sensação de ter de proteger ou ain<strong>da</strong> ocultar seu peito do mundo.<br />

Essas más posturas remetem-se freqüentemente à puber<strong>da</strong>de. Quando a<br />

menina na ver<strong>da</strong>de deveria ter sido um menino, os seios que começam a<br />

crescer não são sau<strong>da</strong>dos com alegria e sim escondidos com vergonha.<br />

Seios grandes, em uma situação de insegurança de si mesmo, podem levar a<br />

que se prefira ocultar uma feminili<strong>da</strong>de tão demonstrativa. Sentimentos de<br />

inferiori<strong>da</strong>de e inseguranças em relação ao próprio papel feminino que não<br />

são confrontados conscientemente encarnam-se e, nas regiões<br />

correspondentes, tornam-se visíveis e palpáveis <strong>como</strong> couraças. Quando a<br />

postura protetora tem por objetivo o coração e seus sentimentos, é<br />

especialmente o ombro esquerdo que está especialmente curvado para a<br />

frente.<br />

Com essa postura os afetados se fazem estreitos, é <strong>como</strong> se eles se<br />

escondessem em si mesmos. Dessa maneira, seu interior torna-se estreito e<br />

seus pulmões já não podem expandir-se <strong>da</strong> maneira correspondente. A<br />

respiração curta que <strong>da</strong>i resulta explícita a pobre disposição para a<br />

comunicação. A imagem de isolar-se e de fechar-se para fora combina com a<br />

tendência de conservar as emoções para si mesmo e de praticamente não se<br />

defender de golpes eventuais. Em vez disso, as vitimas dessa postura<br />

tendem a retirar-se ain<strong>da</strong> mais para seu espaço protegido, que consiste de<br />

ombros adiantados, e braços e costas curva<strong>da</strong>s. Mas, juntamente com a<br />

proteção deseja<strong>da</strong>, todo bunker eficaz traz também consigo estreiteza,<br />

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