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A doenca como linguagem da alma.pdf

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nariz entupido leva à respiração crônica pela boca. A boca permanentemente<br />

aberta e as pálpebras levemente caí<strong>da</strong>s de esgotamento refletem uma<br />

situação de falta de energia e dão muitas vezes à criança uma expressão<br />

facial atonta<strong>da</strong>, sinal do bloqueio em diversos níveis.<br />

O tema em questão tem a ver com a capaci<strong>da</strong>de de defesa e a disposição<br />

para a luta e com a comunicação conduzi<strong>da</strong> por um canal equivocado, já que<br />

o ar é inspirado por um caminho imprevisto e pouco apropriado, a boca.<br />

Trata-se de levar essa temática para a consciência e aliviar o corpo. Como,<br />

ao falar de amí<strong>da</strong>las, estamos falando em grande parte de problemas<br />

infantis, exige-se que os pais forneçam uma base capaz de suportar também<br />

os conflitos. Enquanto o desentendimento circula pelas amí<strong>da</strong>las ao engolir,<br />

o tema gira ao redor de estar farto e ser exigido em demasia. A criança age<br />

com obstinação. Em relação à comunicação que tomou um caminho<br />

equivocado, deve-se pensar em desvios e em "cortar caminho", quando isso<br />

for vantajoso, e também em pretextos.<br />

Muitas vezes, nesta situação, a agressão em questão é delega<strong>da</strong> ao<br />

cirurgião que, com o bisturi, conduz a luta de maneira sangrenta e<br />

simplesmente extirpa o campo de batalha. Os resultados são variados. Uma<br />

parte <strong>da</strong>s crianças consegue, depois <strong>da</strong> operação, levar o desentendimento<br />

de volta para a consciência, já que não há mais lugar para ele no lugar<br />

costumeiro do corpo. De maneira correspondente, elas começam a ir melhor<br />

e não é raro que os pais expliquem que por meio <strong>da</strong> operação a criança deu<br />

um salto em seu desenvolvimento. Outra parte <strong>da</strong>s crianças não consegue<br />

<strong>da</strong>r esse passo, e a luta de defesa continua sendo corporal. Ela então muitas<br />

vezes desloca-se para um outro âmbito <strong>da</strong>s defesas próprias do organismo<br />

para ai continuar a inchar, enquanto a criança continua adoecendo e sinaliza<br />

a seu entorno que não pode desenvolver-se corretamente. A agressão é um<br />

tema tão grave que não se pode tratá-la de maneira abrevia<strong>da</strong>. É típico que<br />

durante a infância as inflamações ocorram especialmente nos órgãos de<br />

defesa do sistema linfático, os vários gânglios e o apêndice. A batalha de<br />

defesa que a criança não consegue travar conscientemente toma forma no<br />

corpo. Com seu nariz bloqueado e a boca eternamente aberta, ela é uma<br />

imagem <strong>da</strong> obstinação, bloqueando as vias de comunicação com as<br />

amí<strong>da</strong>las incha<strong>da</strong>s e tentando permanecer mu<strong>da</strong>. E sua maneira desajeita<strong>da</strong><br />

de defender-se de abusos e exigências exagera<strong>da</strong>s.<br />

Reconhecemos nossa postura em relação ao tema <strong>da</strong> agressão pelo fato<br />

de que quase nenhum de nossos jovens alcançam a adolescência com todos<br />

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