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Estudos de Cinema e Audiovisual

AnaisDeTextosCompletos(XIX)

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final, eu liberei completamente o filme para download. Ele ficou disponível no site do Fantástico e na<br />

plataforma Vimeo. Também teve exibição no Canal Brasil, o que foi ótimo para ampliar mais ainda o<br />

número <strong>de</strong> espectadores”, informa Eric Laurence, em entrevista via internet. Não obstante, o filme foi<br />

o mote para um concurso que convoca as pessoas a <strong>de</strong>clararem amor aos seus amigos<br />

publicamente: “Leve seu amigo para o <strong>de</strong>serto do Atacama”.<br />

Consi<strong>de</strong>rações Finais<br />

O diretor Eric Laurence assume, a partir da tría<strong>de</strong> performance/sensorialida<strong>de</strong>/linhas <strong>de</strong> fuga,<br />

a proposta <strong>de</strong> um cinema subjetivo, cinema do sensível, road movie, <strong>de</strong> imagens afetivas que buscam<br />

traduzir os sentimentos vivenciados no processo. Mário Duques exercita e nos ensina a coragem <strong>de</strong><br />

viver <strong>de</strong>safios, <strong>de</strong> refletir e expor a sua condição como possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> afeto e legado. A partir do<br />

exercício da amiza<strong>de</strong>, ambos nos ensinam o quanto vivenciamos e fomentamos a solidão.<br />

Na viagem como vivência, as imagens são metaimagens, falam <strong>de</strong> si. Na montagem, o diretor<br />

integra, harmoniosamente, numa síntese poética, todos os elementos fílmicos, com <strong>de</strong>staque para a<br />

trilha sonora que consegue captar a emoção da imagem, respeitando o ritmo <strong>de</strong> cada tomada, e <strong>de</strong><br />

cada acontecimento. Você, leitor que nos acompanhou até aqui, lembra que, no início <strong>de</strong>ste trabalho,<br />

citamos Deleuze e sua reflexão acerca da tecnologia humana prece<strong>de</strong>r a tecnologia material? Você<br />

lembra?<br />

Referências<br />

BALTAR, Mariana. Realida<strong>de</strong> lacrimosa: diálogos entre o universo do documentário e a<br />

imaginação melodramática. UFF, 2007 (Tese apresentada ao Programa <strong>de</strong> Pós-Graduação em<br />

Comunicação). Disponível em: http://www.bdtd.ndc.uff.br/t<strong>de</strong>_busca/arquivo.php?codArquivo=2929<br />

BELLOUR, Raymond. Entre-imagens: foto, cinema, ví<strong>de</strong>o. São Paulo: Papirus, 1997. (Coleção<br />

Campo Imagético).<br />

CAGE, John. Silence. Midletown: Wesleyan University Press, 1961.<br />

DELEUZE, Gilles e GUATTARI, Félix. Mil platôs – capitalismo e esquizofrenia – Volume 1. São<br />

Paulo: Editora 34, 2011.<br />

DELEUZE, Gilles. Foucault. São Paulo: Brasiliense, 2003.<br />

DUBOIS, Philippe. “A imagem-memória ou a mise-en-film da fotografia no cinema autobiográfico<br />

mo<strong>de</strong>rno”. In: Revista Laika, Laboratório <strong>de</strong> Investigação e Crítica <strong>Audiovisual</strong> da USP, São Paulo,<br />

junho <strong>de</strong> 2012.<br />

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