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Estudos de Cinema e Audiovisual

AnaisDeTextosCompletos(XIX)

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Des<strong>de</strong> 1974, a Paraíba era um dos raros estados nacionais que sediavam um estúdio<br />

cinematográfico em 16 mm: o Cinética Filmes LTDA <strong>de</strong> Machado Bittencourt (diretor, <strong>de</strong>ntre outros,<br />

<strong>de</strong> O último coronel, 16 mm, 1975), que criaria também a Fundação Nor<strong>de</strong>stina <strong>de</strong> <strong>Cinema</strong> -<br />

FUNCINE, extinta com a EMBRAFILME em 1990.<br />

O Cinética Filmes localizava-se em CG, on<strong>de</strong> a produção e a formação cinematográficas<br />

naquele momento giravam em torno dos projetos fílmicos <strong>de</strong>ste estúdio e dos <strong>de</strong>bates no Cineclube<br />

Humberto Mauro, organizado por, <strong>de</strong>ntre outros, Arly Arnaud, Rômulo Azevedo, Romero Azevedo e<br />

José Umbelino Brasil, no Museu <strong>de</strong> Artes <strong>de</strong> CG e a partir da criação do Curso <strong>de</strong> Comunicação na<br />

Universida<strong>de</strong> Regional do Nor<strong>de</strong>ste - URNE, em 1974 (HOLANDA, 2008), atual Universida<strong>de</strong> do<br />

Estado da Paraíba - UEPB.<br />

Enquanto esse cenário se <strong>de</strong>senrolava em CG, em JP, as ações formativas no início dos anos 1980<br />

ocorreram a partir do convênio entre o Centro <strong>de</strong> Formação em <strong>Cinema</strong> Direto <strong>de</strong> Paris (Association<br />

Varan) e o Núcleo <strong>de</strong> Documentação <strong>Cinema</strong>tográfica (NUDOC) da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral da Paraíba<br />

- UFPB, que estipulava a criação <strong>de</strong> um atelier <strong>de</strong> cinema direto na capital paraibana e envolvia a ida<br />

<strong>de</strong> alguns estudantes da UFPB para realizar intercâmbio na França. Jean Rouch, diretor do Comitê<br />

do Filme Etnográfico da França, era o responsável por esta ação que possibilitou ao NUDOC tanto<br />

comprar equipamentos audiovisuais para a produção em Super-8, quanto tornar-se produtor da maior<br />

parte da safra cinematográfica paraibana <strong>de</strong>ste período.<br />

Os estudantes contemplados com a vivência em Paris, em sua gran<strong>de</strong> maioria, já realizavam<br />

filmes em S-8 antes <strong>de</strong> irem à França, como Vânia Perazzo, Everaldo Vasconcelos, Elisa Cabral,<br />

Torquato Joel, Bertrand Lira, Henrique Magalhães e Marcus Vilar. Ainda nos anos 1980, os<br />

realizadores <strong>de</strong> CG e JP, com o apoio da Fundação <strong>de</strong> Apoio à Pesquisa e Extensão da Paraíba –<br />

FUNAPE da UFPB, realizariam curtas em 16 mm e VHS, como Manfredo Caldas, Machado<br />

Bittencourt, Marcus Vilar, Torquato Joel e Vânia Perazzo.<br />

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