03.06.2016 Views

Estudos de Cinema e Audiovisual

AnaisDeTextosCompletos(XIX)

AnaisDeTextosCompletos(XIX)

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Figura 4: NEPSA: Telejornal – a vida imita a arte / Programa 4: Ficção<br />

Fonte: Print screen da autora<br />

E mesmo com o uso <strong>de</strong> material <strong>de</strong> arquivo e menção a tantas plataformas <strong>de</strong> todos os<br />

tempos, o conteúdo da produção guarda certa atemporalida<strong>de</strong>, o que se confirma pelo sucesso que a<br />

permite ter episódios eventualmente reprisados até este momento. Essa condição parece <strong>de</strong>ver-se,<br />

em gran<strong>de</strong>, parte às temáticas <strong>de</strong> cada emissão, tais como o próprio uso <strong>de</strong> imagens e sons <strong>de</strong><br />

arquivo, as fronteiras nem sempre claras entre o que possa ser consi<strong>de</strong>rado realida<strong>de</strong> ou ficção, a<br />

experimentalida<strong>de</strong> através dos tempos, a interativida<strong>de</strong> em vários níveis e também uma questão que<br />

permeia outros programas, mas que nele ganha uma importância maior: a intermidialida<strong>de</strong>. Esta<br />

característica favorece, inclusive, a abertura a uma discussão estética bem mais ampla.<br />

Consi<strong>de</strong>rações finais<br />

Pensar a si mesmo como processo po<strong>de</strong> ser tão difícil quanto in<strong>de</strong>sejável. Daí a dificulda<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> os programas ultrapassarem a fronteira da autorreferência em direção a um movimento reflexivo<br />

<strong>de</strong> fato. Isso porque, como <strong>de</strong>stacou Anne Cauquelin (2005, p. 76-77), “é um julgamento dito<br />

reflexivo, não <strong>de</strong>terminado (causado) por seu objeto, mas ao contrário, que o estabelece como obra”.<br />

Esse tempo, essa capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> contemplação não é privilégio <strong>de</strong> todos e, muito menos, <strong>de</strong> qualquer<br />

92

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!