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Estudos de Cinema e Audiovisual

AnaisDeTextosCompletos(XIX)

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compartilharam <strong>de</strong>pois. Para Esmir (2014), o bom do filme é que ele tenha muitas opções, muitas<br />

portas e que cada um não precisa seguir a mesma porta do outro, po<strong>de</strong> até se inspirar no outro mas<br />

trazer coisas lindas do universo do outro e atravessar a outra porta. Não precisa fazer igual ao outro,<br />

não é preciso se jogar da ponte, basta atravessá-la.<br />

Por que então refilmar? Qual a necessida<strong>de</strong>? Talvez a resposta seja que o filme permite isso.<br />

O filme é criado pelo diretor e sua equipe, com suas intenções conscientes, mas a significação e<br />

como a representação daquele filme acontecerá em diálogo com o espectador e <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>rá da sua<br />

relação com o filme. “Nenhum filme é mais inteligente que vocês porque o filme está na cabeça <strong>de</strong><br />

vocês. Vocês que viram, eu só fiz. Ele é só uma porta para se abrir. Ninguém é obrigado a gostar do<br />

que não gosta. Tem coisas que a gente se conecta e <strong>de</strong>sconecta.” (FILHO, 2014)<br />

A mente confusa da adolescência que está <strong>de</strong>scobrindo o mundo a sua volta e assim se<br />

conhecendo é o que a segunda aluna expressou no seu texto. A confusão da adolescência é<br />

expressa em <strong>de</strong>talhes pelo filme, em um quebra cabeça <strong>de</strong> 101 minutos. O estar longe é on<strong>de</strong> se<br />

po<strong>de</strong> viver verda<strong>de</strong>iramente e como é viver em um lugar <strong>de</strong> que não se faz parte mentalmente? São<br />

vários longes, várias confusões, várias leituras. É uma experiência que se acaba e recomeça a cada<br />

filme diferente, a cada confusão na vida real ou estranhamento em um filme. É preciso parar e refletir<br />

cada filme, pensar na história, mas não como a narrativa é contada, pense na história e conte o que<br />

viu... (Esmir 2014).<br />

Referências<br />

CAPISTRANO, Ta<strong>de</strong>u. A tração do olhar: cinema, percepção e espetáculo. 2005. In.: Congresso<br />

Brasileiro <strong>de</strong> Ciências da Comunicação, XXVIII. Rio <strong>de</strong> Janeiro, 2005. Disponível em <<br />

http://www.intercom.org.br/papers/nacionais/2005/resumos/R1659-1.pdf> . Acesso em: 01 <strong>de</strong>z 2014.<br />

COMOLI, Jean-Loius. Ver e po<strong>de</strong>r: a inocência perdida: cinema, televisão, ficação, documentário.<br />

Trad. Augustin <strong>de</strong> Tugny, Oswaldo Teceira, Ruben Caixeta. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2008.<br />

FILHO, Esmir. Debate do filme “Os famosos e duen<strong>de</strong>s da morte”. Rio <strong>de</strong> Janeiro: EPSJV, 07 nov<br />

2014. Palestra ministrada pelo diretor Esmir Filho na IV Mostra <strong>Audiovisual</strong> Estudantil Joaquim<br />

Venâncio.<br />

XAVIER, Ismail. Olhar e cena – melodrama, Hollywood, <strong>Cinema</strong> Novo, Nelson Rodrigues. São Paulo:<br />

Cosac & Naify, 2003.<br />

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