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gerados pelo gás quando a energia liberada pela fusão o aquece a milhares de<br />

graus. Embora essa região de gás quente ainda esteja dentro do ventre<br />

cósmico de uma nuvem interestelar gigante, ainda assim podemos anunciar<br />

para a Via Láctea que… uma estrela nasceu.<br />

Os astrônomos sabem que a massa das estrelas vai de um mero décimo da<br />

massa do Sol a quase cem vezes a massa de nossa estrela. Por razões não<br />

muito bem compreendidas, uma típica nuvem de gás gigante pode<br />

desenvolver uma multidão de bolsas frias que tendem todas a colapsar mais<br />

ou menos ao mesmo tempo para gerar estrelas – algumas pequenas e outras<br />

gigantes. Mas as chances são maiores para as pequenas: para cada estrela de<br />

alta massa, nascem mil estrelas de baixa massa. O fato de que não mais do<br />

que uma pequena porcentagem de todo o gás na nuvem original participa do<br />

nascimento da estrela propõe um desafio clássico para quem procura explicar<br />

a formação das estrelas. O que faz o rabo da estrela em formação abanar o<br />

cão em grande parte inalterado de uma nuvem de gás interestelar? A<br />

resposta está provavelmente na radiação produzida pelas estrelas recémnascidas,<br />

que tende a inibir outras formações de estrelas.<br />

Podemos facilmente explicar o limite inferior para as massas de estrelas<br />

recém-nascidas. Bolsas de gás em colapso com massas menores que<br />

aproximadamente um décimo da massa do Sol têm muito pouca energia<br />

gravitacional para elevar as temperaturas de seu centro até os 10 milhões de<br />

graus requisitados para a fusão nuclear do hidrogênio. Nesse caso, não<br />

nascerá nenhuma estrela de fusão nuclear; em seu lugar, obtemos uma<br />

estrela fracassada, uma pseudoestrela – um objeto que os astrônomos<br />

chamam uma “anã marrom”. Sem fonte de energia própria, uma anã<br />

marrom se enfraquece constantemente, brilhando com o modesto calor<br />

gerado durante o colapso original. As camadas externas gasosas de uma anã<br />

marrom são tão frias que muitas das grandes moléculas normalmente<br />

destruídas nas atmosferas de estrelas mais quentes continuam vivas e em<br />

bom estado dentro delas. Suas luminosidades fracas tornam as anãs marrons<br />

muito difíceis de detectar, por isso, para encontrá-las, os astrofísicos devem<br />

empregar métodos complexos semelhantes aos que usam ocasionalmente<br />

para detectar planetas: procurar o fraco brilho infravermelho desses objetos.<br />

Somente em anos recentes é que os astrônomos descobriram anãs marrons<br />

em números suficientes para classificá-las em mais de uma categoria.<br />

Podemos também facilmente determinar o limite superior de massa para<br />

a formação de estrelas. Uma estrela com uma massa maior que<br />

aproximadamente cem vezes a do Sol terá uma luminosidade tão grande –<br />

uma efusão tão enorme de energia na forma de luz visível, infravermelha e<br />

ultravioleta – que qualquer gás e poeira adicional atraído para a estrela será<br />

afastado pela intensa pressão da luz estelar. Os fótons da estrela empurram<br />

os grãos de poeira dentro da nuvem, que, por sua vez, levam o gás embora<br />

com eles. Aqui a luz estelar se acopla irreversivelmente à poeira. Essa pressão<br />

da radiação opera com tanta eficácia que apenas umas poucas estrelas de<br />

alta massa dentro de uma nuvem escura e obscura vão ter luminosidade

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