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massa da Terra. Como mais um passo na grande história de detetive que tem<br />

nos dado os planetas extrassolares, segue-se a conclusão de que todos os<br />

planetas extrassolares até agora descobertos (como têm massas comparáveis à<br />

de Júpiter) devem ser igualmente bolas de gás.<br />

Surgem imediatamente duas perguntas a respeito dessa conclusão<br />

surpreendente. Como é que esses planetas semelhantes a Júpiter chegam a<br />

orbitar tão perto de suas estrelas, e por que o seu gás não evapora<br />

rapidamente sob o intenso calor? A segunda pergunta tem uma resposta<br />

relativamente fácil: as enormes massas dos planetas podem reter até gases<br />

leves aquecidos a temperaturas de centenas de graus, simplesmente porque<br />

as forças gravitacionais dos planetas podem superar a tendência dos átomos e<br />

moléculas no gás de escapar para o espaço. Nos casos mais extremos,<br />

entretanto, essa disputa se inclina apenas um pouquinho a favor da<br />

gravidade, e os planetas se posicionam logo além da distância em que o calor<br />

de suas estrelas evaporaria realmente seus gases.<br />

A primeira pergunta, sobre como os planetas gigantes chegaram a orbitar<br />

tão perto de estrelas semelhantes ao Sol, leva-nos à questão fundamental de<br />

como os planetas se formaram. Como vimos no Capítulo 11, os teóricos têm<br />

trabalhado duro para alcançar alguma compreensão do processo de formação<br />

de planetas em nosso sistema solar. Eles concluem que os planetas do Sol se<br />

acumularam para existir, crescendo a partir de torrões menores de matéria<br />

que se transformam em maiores dentro de uma nuvem de gás e poeira em<br />

forma de panqueca. Dentro dessa massa achatada e rotativa de matéria que<br />

circundava o Sol, formaram-se concentrações separadas de matéria, primeiro<br />

ao acaso, mas depois, como tinham uma densidade maior que a média,<br />

ganhando o cabo de guerra gravitacional entre as partículas. Nos estágios<br />

finais desse processo, a Terra e os outros planetas sólidos sobreviveram a um<br />

intenso bombardeio dos últimos nacos gigantes de material.<br />

Enquanto esse processo aglutinador se desenrolava, o Sol começou a<br />

brilhar, evaporando os elementos mais leves, como o hidrogênio e o hélio, de<br />

sua vizinhança imediata, e deixando seus quatro planetas internos<br />

(Mercúrio, Vênus, Terra e Marte) compostos quase inteiramente de<br />

elementos mais pesados como o carbono, o oxigênio, o silício, o alumínio e o<br />

ferro. Em contraste, cada um dos torrões de matéria que se formaram num<br />

ponto situado a uma distância de cinco a trinta vezes maior que a existente<br />

entre a Terra e o Sol continuou suficientemente frio para reter grande parte<br />

do hidrogênio e hélio nos seus arredores. Como esses dois elementos mais<br />

leves são também os mais abundantes, essa capacidade retentora produziu<br />

quatro planetas gigantes, cada um com uma massa igual a muitas vezes a da<br />

Terra.<br />

Plutão não pertence nem à classe dos planetas internos rochosos, nem ao<br />

grupo dos planetas gigantes gasosos externos. Em vez disso, Plutão, que ainda<br />

não foi inspecionado por uma espaçonave da Terra, parece um cometa<br />

gigante, feito de uma mistura de rocha e gelo. Os cometas, que tipicamente<br />

têm diâmetros de 5 a 50 milhas (8 a 80 quilômetros) em vez das 2.000

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