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Como podem deduzir tanta coisa sobre planetas que nunca viram? A<br />

resposta está no trabalho de detetive familiar àqueles que estudam a luz<br />

estelar. Separando essa luz em seu espectro de cores, e comparando esses<br />

espectros entre milhares de estrelas, os especialistas em observar a luz estelar<br />

são capazes de reconhecer tipos diferentes de estrelas simplesmente pelas<br />

relações das intensidades das diferentes cores que aparecem nos espectros<br />

estelares. No passado, esses astrofísicos fotografavam os espectros das estrelas,<br />

mas hoje eles usam mecanismos sensíveis que registram digitalmente quanta<br />

luz estelar de cada cor particular chega até nós sobre a Terra. Embora as<br />

estrelas estejam a muitos trilhões de quilômetros de nós, suas naturezas<br />

fundamentais se tornaram um livro aberto. Os astrofísicos agora podem<br />

determinar facilmente – apenas medindo o espectro das cores da luz estelar<br />

– quais estrelas se parecem mais com o Sol, quais são um pouco mais quentes<br />

e luminosas, e quais são mais frias e intrinsecamente mais pálidas que nossa<br />

estrela.<br />

Mas eles também podem fazer mais. Tendo se tornado familiarizados com<br />

a distribuição de cores nos espectros de vários tipos de estrelas, os astrofísicos<br />

podem rapidamente identificar um padrão conhecido no espectro da estrela,<br />

que mostra tipicamente a ausência parcial ou total da luz em cores<br />

particulares. Reconhecem frequentemente esse padrão, mas acham que<br />

todas as cores que o formam foram um pouquinho deslocadas para a<br />

extremidade vermelha ou violeta do espectro, de modo que todos os<br />

indicadores familiares são agora mais vermelhos ou mais violetas que o<br />

padrão.<br />

Os cientistas caracterizam essas cores pelos seus comprimentos de onda,<br />

que medem a separação entre as sucessivas cristas nas ondas de luz. Como<br />

eles correspondem às cores que nossos olhos e cérebros percebem, especificar<br />

comprimentos de onda exatos nomeia as cores com mais precisão do que o<br />

fazemos na fala normal. Quando detectam um padrão familiar na<br />

intensidade da luz medida para milhares de cores diferentes, mas<br />

descobrem que todos os comprimentos de onda no padrão são (por exemplo)<br />

1% maiores que o habitual, os astrofísicos concluem que as cores da estrela<br />

mudaram como resultado do efeito Doppler, que descreve o que acontece<br />

quando observamos um objeto aproximando-se ou afastando-se de nós. Se,<br />

por exemplo, um objeto se move na nossa direção, ou se nos movemos para<br />

perto dele, descobrimos que todos os comprimentos de onda da luz que<br />

detectamos são mais curtos do que aqueles que medimos num objeto idêntico<br />

em repouso com respeito a nós. Se o objeto se afasta de nós, ou se nos<br />

afastamos dele, descobrimos que todos os comprimentos de onda são mais<br />

longos que aqueles de um objeto em repouso. O desvio da situação em<br />

repouso depende da velocidade relativa entre a fonte de luz e aqueles que a<br />

observam. Para velocidades muito menores que a velocidade da luz<br />

(300.000 quilômetros por segundo), a mudança fracionária em todos os<br />

comprimentos de onda da luz, chamada de efeito Doppler, é igual à razão<br />

entre a velocidade de aproximação ou recessão e a velocidade da luz.

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