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suficiente para dispersar quase toda a matéria interestelar, revelando ao<br />

universo dúzias, senão centenas, de estrelas novas em folha – todas irmãs,<br />

realmente – agora visíveis para o resto da galáxia.<br />

Sempre que contemplamos a nebulosa de Órion, localizada logo abaixo das<br />

três estrelas brilhantes do cinturão de Órion, a meio caminho da espada um<br />

pouco mais pálida do Caçador, podemos ver um berçário estelar exatamente<br />

desse tipo. Milhares de estrelas têm nascido dentro dessa nebulosa, enquanto<br />

outros milhares aguardam seu nascimento, prestes a criarem um aglomerado<br />

de estrelas gigantes que se torna cada vez mais visível ao cosmos, à medida<br />

que a nebulosa se dissipa. As novas estrelas mais massivas, que formam um<br />

grupo chamado o Trapézio de Órion, estão ocupadas em soprar um buraco<br />

gigante no meio da nuvem da qual se formaram. As imagens dessa região<br />

feitas pelo Telescópio Hubble revelam centenas de novas estrelas apenas<br />

nessa zona, cada recém-nascida envolta dentro de um disco protoplanetário<br />

nascente feito de poeira e outras moléculas tiradas da nuvem original. E<br />

dentro de cada um desses discos, um sistema planetário está se formando.<br />

Dez bilhões de anos depois que se formou a Via Láctea, a formação de<br />

estrelas continua hoje em múltiplas localizações na nossa galáxia. Embora a<br />

maior parte da formação de estrelas que vai ocorrer numa galáxia gigante<br />

típica como a nossa já tenha acontecido, temos sorte que novas estrelas<br />

continuam a se formar, e assim continuarão por muitos bilhões de anos ainda<br />

por vir. A nossa boa sorte reside em nossa capacidade de estudar o processo<br />

de formação e as estrelas mais jovens, procurando pistas que revelem, em<br />

toda a sua glória, a história completa de como as estrelas passam de gás frio e<br />

poeira para a maturidade luminosa.<br />

Que idade têm as estrelas? Nenhuma estrela fica alardeando sua idade,<br />

mas algumas mostram a idade que têm nos seus espectros. Entre os vários<br />

meios que os astrofísicos conceberam para julgar as idades das estrelas, os<br />

espectros oferecem o mais confiável por analisar as diferentes cores da luz<br />

estelar em detalhes. Cada cor – cada comprimento de onda e frequência da<br />

luz que observamos – conta uma história sobre como a matéria criou a luz<br />

estelar, ou afetou essa luz quando ela deixou a estrela, ou estava por acaso ao<br />

longo da linha de visão entre nós e a estrela. Por meio de uma comparação<br />

precisa com os espectros de laboratório, os físicos determinaram a multidão<br />

de maneiras em que diferentes tipos de átomos e moléculas afetam o arcoíris<br />

de cores na luz visível. Eles podem aplicar esse conhecimento fértil a<br />

observações de espectros estelares, e deduzir os números de átomos e<br />

moléculas que têm afetado a luz vinda de uma determinada estrela, bem<br />

como a temperatura, pressão e densidade dessas partículas. Depois de anos<br />

comparando espectros de laboratório com os espectros de estrelas, junto com<br />

estudos de laboratório dos espectros de diferentes átomos e moléculas, os<br />

astrofísicos aprenderam a ler o espectro de um objeto como se fosse uma<br />

impressão digital, uma marca que revela quais são as condições físicas<br />

existentes dentro das camadas externas de uma estrela, a região da qual a

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