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abundância de civilizações que usam rádio em nossa região da Via Láctea.) A<br />

única tentativa séria nessa direção ocorreu na década de 1970, quando os<br />

astrônomos comemoraram o aperfeiçoamento do radiotelescópio perto de<br />

Arecibo, Porto Rico, usando-o para emitir por alguns minutos uma mensagem<br />

na direção do aglomerado de estrelas M13. Como o aglomerado está a uma<br />

distância de 25.000 anos-luz, qualquer retorno será num futuro remoto,<br />

tornando o exercício mais uma demonstração do que uma chamada real<br />

para recrutar o elenco de nosso drama. Caso você ache que a discrição inibiu<br />

nossas transmissões (pois é bom ser discreto em um novo país), lembre-se de<br />

que todas as nossas transmissões de rádio e televisão pós-Segunda Guerra<br />

Mundial, bem como nossas poderosas emissões de radar, têm enviado cascas<br />

esféricas de ondas de rádio para o espaço. Expandindo-se à velocidade da<br />

luz, as “mensagens” da era das séries televisivas da década de 1950 e I Love<br />

Lucy (Eu amo a Lucy) já inundaram mais de milhares de estrelas, enquanto<br />

as de Hawaii Five-O (Havaí cinco-zero) e Charlie’s Angels (As panteras)<br />

chegaram a centenas. Se outras civilizações conseguiram realmente<br />

desenredar os programas individuais da cacofonia da emissão de rádio da<br />

Terra – ora comparável à de qualquer objeto do sistema solar, inclusive o Sol,<br />

ou até mais forte que a deles – talvez haja um pouco de verdade na<br />

especulação brincalhona de que o conteúdo desses programas explica a razão<br />

de nunca termos ouvido nada de nossos vizinhos, pois eles devem achar<br />

nossa programação tão pavorosa ou (será atrevimento sugerir?) tão<br />

esmagadoramente impressionante que preferem não responder.<br />

Uma mensagem poderia chegar amanhã, carregada de informações e<br />

comentários intrigantes. Nisso reside o maior atrativo da comunicação pela<br />

radiação eletromagnética. Não é só barata (enviar cinquenta anos de<br />

transmissões televisivas ao espaço custa menos que uma única missão com<br />

espaçonave), é também instantânea – desde que sejamos capazes de receber<br />

e interpretar a emissão de outra civilização. Ela também proporciona um<br />

aspecto fundamental das emoções despertadas pelos ufos, mas nesse caso<br />

poderíamos realmente receber transmissões que pudessem ser gravadas,<br />

verificadas como reais, e estudadas por tanto tempo quanto fosse necessário<br />

para compreendê-las.<br />

Na busca de inteligência extraterrestre, abreviada para SETI pelos<br />

cientistas nela engajados, o foco continua a ser a procura por sinais de rádio,<br />

embora a alternativa de procurar sinais enviados com ondas de luz não deva<br />

ser rejeitada. Ainda que as ondas de luz de outra civilização tenham de<br />

competir com miríades de fontes naturais de luz, os raios laser oferecem a<br />

oportunidade de concentrar a luz numa única cor ou frequência – a mesma<br />

abordagem que torna possível que as ondas de rádio carreguem mensagens<br />

de diferentes estações de rádio ou televisão. No que diz respeito às ondas de<br />

rádio, nossas esperanças de sucesso no SETI residem em antenas que podem<br />

examinar o céu, receptores que registram o que as antenas detectam, e<br />

computadores poderosos que analisam os sinais dos receptores em busca do

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