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sempre se voltem para a Terra. Quando e onde quer que isso aconteça, como<br />

no caso das quatro grandes luas de Júpiter, a lua sincronizada mostra apenas<br />

uma face para seu planeta hospedeiro.<br />

O sistema de luas de Júpiter assombrou os astrônomos, quando eles<br />

conseguiram obter uma primeira boa visão da cena. Io, a grande lua mais<br />

próxima de Júpiter, está presa a forças de maré e sofre pressões estruturais<br />

por suas interações gravitacionais com Júpiter e com as outras grandes luas.<br />

Essas interações bombeiam energia suficiente para dentro de Io (que tem<br />

mais ou menos o tamanho de nossa Lua) para derreter seu interior rochoso,<br />

tornando Io o objeto mais vulcanicamente ativo do sistema solar. A segunda<br />

grande lua de Júpiter, Europa, tem bastante H 2 O para que seu calor interno,<br />

proveniente das mesmas interações que afetam Io, derreta o gelo de sua<br />

subsuperfície, deixando um oceano líquido debaixo de uma cobertura<br />

gelada.<br />

Imagens close-up da superfície de Miranda, uma das luas de Urano,<br />

revelam padrões muito mal combinados, como se a pobre lua tivesse sido<br />

espatifada, e suas peças coladas apressadamente de qualquer jeito. A origem<br />

dessas características exóticas continua um mistério, mas talvez seja<br />

decorrente de algo simples, como o afloramento desnivelado de lençóis de<br />

gelo.<br />

A lua solitária de Plutão, Caronte [1] , é tão grande e está tão próxima de<br />

seu planeta, que Plutão e Caronte se acham sincronizados um ao outro pelas<br />

forças de marés – os dois objetos têm períodos de rotação iguais a seus<br />

períodos de revolução ao redor de seu centro de massa comum. Por<br />

convenção, os astrônomos denominam as luas dos planetas em referência a<br />

importantes personalidades gregas na vida do deus que empresta seu nome<br />

ao planeta, embora eles usem o nome do equivalente romano para o próprio<br />

planeta (Júpiter em vez de Zeus, por exemplo). Como os deuses clássicos<br />

levavam vidas sociais complicadas, não há escassez de personagens para a<br />

escolha de nomes.<br />

Sir William Herschel foi a primeira pessoa a descobrir um planeta além<br />

daqueles facilmente visíveis a olho nu, e ele estava disposto a nomear esse<br />

novo planeta em homenagem ao rei que poderia apoiar sua pesquisa. Se Sir<br />

William tivesse sido bem-sucedido, a lista de planetas seria: Mercúrio, Vênus,<br />

Terra, Marte, Júpiter, Saturno e George. Felizmente, cabeças mais<br />

esclarecidas prevaleceram, de modo que alguns anos mais tarde o planeta<br />

recebeu o nome clássico de Urano. Mas a sugestão original de Herschel de<br />

dar às luas do planeta os nomes de personagens das peças de William<br />

Shakespeare e do poema de Alexander Pope, The Rape of the Lock (O rapto da<br />

madeixa), continua tradição até os dias de hoje. Entre as vinte e sete luas de<br />

Urano, encontramos Ariel, Cordélia, Desdêmona, Julieta, Ofélia, Pórcia, Puck<br />

e Umbriel, com duas novas luas, Caliban e Sycorax, descobertas ainda<br />

recentemente em 1997.

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