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de gás e poeira frios nas vizinhanças imediatas das jovens estrelas. Seus<br />
mapas mostram tipicamente que as estrelas jovens não navegam pelo espaço<br />
desprovidas de toda matéria circundante; ao contrário, as estrelas têm, em<br />
geral, discos de matéria que as orbitam, semelhantes em tamanho ao sistema<br />
solar, mas feitos de gás hidrogênio (e de outros gases em menores<br />
quantidades) borrifado por toda parte com partículas de poeira. O termo<br />
“poeira” descreve grupos de partículas que contêm cada uma vários milhões<br />
de átomos e possuem tamanhos muito menores que o do ponto que termina<br />
essa frase. Muitos desses grãos de poeira consistem primariamente em átomos<br />
de carbono, ligados para formar grafita (o principal componente do<br />
“chumbo” num lápis). Outros são misturas de átomos de silício e oxigênio –<br />
em essência rochas diminutas, com revestimentos de gelo rodeando seus<br />
núcleos pedregosos.<br />
A formação dessas partículas de poeira no espaço interestelar tem seus<br />
próprios mistérios e teorias detalhadas, que podemos pular com o pensamento<br />
alegre de que o cosmos é poeirento. Para fazer essa poeira, os átomos se<br />
uniram aos milhões; em vista das densidades extremamente baixas entre as<br />
estrelas, os sítios mais prováveis para esse processo parecem ser as atmosferas<br />
exteriores extensas das estrelas frias, que gentilmente sopram o material para<br />
o espaço.<br />
A produção das partículas de poeira interestelar propicia um primeiro passo<br />
essencial na estrada para os planetas. Isso vale não só para os planetas sólidos<br />
como o nosso, mas também para os planetas gigantes gasosos, tipificados na<br />
família do Sol por Júpiter e Saturno. Embora esses planetas consistam<br />
principalmente em hidrogênio e hélio, os astrofísicos têm concluído a partir<br />
de seus cálculos da estrutura interna dos planetas, junto com suas medições<br />
das massas dos planetas, que os gigantes gasosos devem ter núcleos sólidos.<br />
Da massa total de Júpiter, igual a 318 vezes a da Terra, várias dúzias de<br />
massas da Terra residem num núcleo sólido. Saturno, com noventa e cinco<br />
vezes a massa da Terra, também possui um núcleo sólido com uma ou duas<br />
dúzias de vezes a massa da Terra. Os dois menores planetas gigantes gasosos<br />
do Sol, Urano e Netuno, têm proporcionalmente núcleos sólidos maiores.<br />
Nesses planetas, com quinze ou dezessete vezes a massa da Terra,<br />
respectivamente, o núcleo talvez contenha mais do que metade da massa do<br />
planeta.<br />
Para todos esses quatro planetas, e presumivelmente para todos os<br />
planetas gigantes recentemente descobertos ao redor de outras estrelas, os<br />
núcleos planetários desempenharam um papel essencial no processo de<br />
formação. Primeiro veio o núcleo, e depois veio o gás, atraído pelo núcleo<br />
sólido. Assim, toda a formação de planetas requer que um grande torrão de<br />
matéria sólida se forme primeiro. Dos planetas do Sol, Júpiter tem o maior<br />
desses núcleos, Saturno o segundo maior, Netuno o terceiro, Urano o quarto,<br />
e a Terra está em quinto lugar, assim como no que se refere ao tamanho<br />
total. As histórias de formação de todos os planetas propõem uma pergunta