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milhas (3.218 quilômetros) de Plutão, estão entre os primeiros pedaços de<br />

matéria bastante grandes a se formarem dentro do sistema solar primitivo;<br />

seus rivais em idade são os meteoritos mais antigos, fragmentos de rocha,<br />

metal ou misturas de rocha e metal que por acaso atingiram a superfície da<br />

Terra, e foram reconhecidos por aqueles que conhecem a diferença entre<br />

um meteorito e uma variedade qualquer de pedra de jardim.<br />

Assim, os planetas se construíram com matéria muito semelhante à que<br />

existe em cometas e meteoritos, com os planetas gigantes usando seus<br />

núcleos sólidos para atrair e reter uma quantidade muito maior de gás. A<br />

datação radioativa dos minerais em meteoritos tem mostrado que os mais<br />

antigos deles têm idades de 4,55 bilhões de anos, significativamente mais<br />

velhos que as rochas mais antigas encontradas sobre a Lua (4,2 bilhões de<br />

anos) ou sobre a Terra (pouco menos que 4 bilhões de anos). O nascimento<br />

do sistema solar, que ocorreu, portanto, em cerca de 4,55 bilhões a.C.,<br />

causou muito naturalmente a segregação dos mundos planetários em dois<br />

grupos: os planetas internos sólidos e relativamente pequenos, e os planetas<br />

gigantes sobretudo gasosos, muito maiores e mais massivos. Os quatro<br />

planetas internos orbitam o Sol a distâncias de 0,37 a 1,52 vezes a da Terra-<br />

Sol, enquanto os quatro gigantes permanecem em distâncias muito maiores,<br />

que vão de 5,2 a 30 vezes a distância Terra-Sol, o que lhes permitiu ser<br />

gigantes.<br />

Essa descrição de como os planetas do Sol se formaram faz tanto sentido<br />

que parece quase uma vergonha termos encontrado tantos exemplos de<br />

objetos com massas semelhantes à de Júpiter, movendo-se em órbita ao redor<br />

de suas estrelas a distâncias muito menores que a distância entre Mercúrio e<br />

o Sol. Na realidade, como todos os primeiros planetas extrassolares a serem<br />

descobertos tinham essas distâncias tão pequenas de suas estrelas, por algum<br />

tempo prevaleceu a impressão de que nosso sistema solar poderia ser a<br />

exceção, em vez de o modelo dos sistemas planetários, como os teóricos<br />

tinham implicitamente suposto nos dias em que não possuíam nada mais em<br />

que basear suas conclusões. Compreender o viés imposto pela relativa<br />

facilidade de descobrir planetas perto de suas estrelas lhes deu nova<br />

confiança, e em pouco tempo tinham feito observações por períodos<br />

suficientemente longos, e com suficiente acuidade, para detectar planetas<br />

gigantes gasosos a distâncias muito maiores de suas estrelas.<br />

Hoje em dia, a lista de planetas extrassolares, ordenados pela distância<br />

entre a estrela e o planeta, começa com a entrada, descrita acima, de um<br />

planeta que leva apenas 8,5 horas para percorrer cada órbita, e estende-se,<br />

passando por bem mais de quatro mil entradas, até a estrela Formalhaut b,<br />

onde um planeta com massa ainda não calculada deve levar 870 anos para<br />

cada órbita. A partir do período orbital, os astrofísicos podem calcular que o<br />

planeta 55 Cancri d tem massa mínima de 3,5 vezes a massa de Júpiter e<br />

tem uma distância de sua estrela igual a 5,5 vezes a distância Terra-Sol, ou<br />

1,003 vezes a distância entre Sol e Júpiter. O planeta é o primeiro a ser<br />

encontrado orbitando sua estrela a uma distância maior que a de Sol-Júpiter,

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