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CAPÍTULO 10<br />

O zoo dos elementos<br />

A tabela periódica dos elementos, criada amorosamente por químicos e físicos<br />

durante os últimos dois séculos, incorpora princípios organizadores que<br />

explicam o comportamento químico de todos os elementos que conhecemos<br />

no universo, ou que poderemos um dia descobrir. Por essa razão, devemos<br />

considerar a tabela periódica como um ícone cultural, um exemplar da<br />

capacidade de nossa sociedade para organizar seu conhecimento. A tabela<br />

atesta que o empreendimento da ciência é uma aventura humana<br />

internacional, conduzida não só em laboratórios, mas também em<br />

aceleradores de partículas, e nas fronteiras do espaço e tempo de todo o<br />

cosmos.<br />

Em meio a esse bem merecido respeito, de vez em quando uma entrada<br />

na tabela periódica vai parecer, mesmo a um cientista adulto, um estranho<br />

animal num zoológico composto de um animal de cada espécie, concebido e<br />

executado pelo Dr. Seuss. De que outra maneira podemos acreditar que o<br />

sódio é um metal reativo e mortal que se pode cortar com uma faca para<br />

manteiga, e que o cloro puro é um gás fedorento e mortal – entretanto,<br />

quando combinamos sódio e cloro, criamos o cloreto de sódio, um composto<br />

inofensivo essencial para a vida, mais conhecido como sal de cozinha? E que<br />

dizer do hidrogênio e oxigênio, dois dos elementos mais abundantes sobre a<br />

Terra e no universo? Um deles é um gás explosivo, enquanto o outro promove<br />

uma violenta combustão, embora a soma dos dois produza a água líquida que<br />

apaga o fogo.<br />

Entre todas as interações químicas na pequena loja de possibilidades da<br />

tabela periódica, encontramos os elementos mais significativos do cosmos.<br />

Eles oferecem a chance de ver a tabela pela lente de um astrofísico. Vamos<br />

agarrar a chance e percorrer dançando a tabela, saudando suas entradas<br />

mais ilustres e admirando suas pequenas bizarrices.<br />

A tabela periódica enfatiza o fato de que cada um dos elementos da<br />

natureza se distingue de todos os outros por seu “número atômico”, o<br />

número de prótons (cargas elétricas positivas) em cada núcleo desse<br />

elemento. Os átomos completos sempre têm um número de elétrons (cargas<br />

elétricas negativas) orbitando o núcleo, igual ao número atômico do<br />

elemento, de modo que o átomo total tem carga elétrica zero. Os isótopos<br />

diferentes de um determinado elemento têm o mesmo número de prótons e<br />

elétrons, mas números diferentes de nêutrons.<br />

Hidrogênio, com apenas um próton em cada núcleo, é o elemento mais<br />

leve e mais simples, criado inteiramente durante os primeiros minutos depois<br />

do big bang. Dentre os noventa e nove elementos que ocorrem naturalmente,<br />

o hidrogênio reivindica mais de dois terços de todos os átomos nos corpos

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