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monóxido de carbono ou dióxido de carbono, os átomos de oxigênio restantes<br />

se ligam com outros elementos, como o titânio. Os espectros da luz das<br />

estrelas gigantes vermelhas são crivados de características criadas pelo<br />

dióxido de titânio (moléculas de TiO 2 ), ele próprio não sendo estranho a<br />

estrelas existentes sobre a Terra: as safiras e os rubis estrelas devem seus<br />

asterismos radiantes às impurezas do dióxido de titânio dentro de suas<br />

treliças de cristal, com as impurezas do óxido de alumínio acrescentando<br />

uma cor extra. Além disso, a tinta branca usada nos domos de telescópio<br />

contém dióxido de titânio, que por sinal irradia infravermelho com alta<br />

eficiência, um fato que reduz enormemente o calor do dia acumulado<br />

dentro do domo. Ao cair da noite, com o domo aberto, a temperatura do ar<br />

perto do telescópio cai mais rapidamente para a temperatura do ar noturno,<br />

reduzindo a refração atmosférica e permitindo que a luz das estrelas e de<br />

outros objetos cósmicos chegue com mais nitidez e claridade. Embora não<br />

seja diretamente nomeado em referência a um objeto cósmico, o titânio<br />

deriva seu nome dos Titãs da mitologia grega, assim como acontece com Titã,<br />

a maior lua de Saturno.<br />

O carbono pode ser o elemento mais significativo na vida, mas, de acordo<br />

com muitas medidas, o ferro, o elemento número 26, é considerado o mais<br />

importante de todos os elementos no universo. As estrelas massivas<br />

manufaturam elementos no seu centro, seguindo na tabela periódica a<br />

sequência que aumenta o número de prótons por núcleo, do hélio ao carbono<br />

ao oxigênio ao neônio, e assim por diante, percorrendo todo o caminho até o<br />

ferro. Com vinte e seis prótons e ao menos igual número de nêutrons em seu<br />

núcleo, o ferro tem uma qualidade distintiva, derivada das regras da<br />

mecânica quântica que regem o modo como os prótons e os nêutrons<br />

interagem: os núcleos do ferro têm a mais alta energia de ligação por<br />

partícula nuclear (próton ou nêutron). Isso significa algo muito simples. Se<br />

procuramos dividir os núcleos do ferro (no que os físicos chamam “fissão”),<br />

devemos abastecê-los com energia adicional. Por outro lado, se combinamos<br />

os átomos do ferro (um processo chamado “fusão”), eles também absorverão<br />

energia. É preciso energia para fundir os núcleos do ferro, é preciso energia<br />

para rompê-los. Para todos os outros elementos, aplica-se apenas uma ou<br />

outra das metades dessa descrição dual.<br />

As estrelas, entretanto, estão envolvidas no negócio de usar E = mc 2 para<br />

transformar massa em energia, o que devem fazer para se opor à sua<br />

tendência de colapsar sob sua própria gravidade. Quando as estrelas fundem<br />

núcleos em seu interior, a natureza exige, e obtém, a fusão nuclear que libera<br />

energia. Quando funde a maioria dos núcleos em seu interior em ferro, uma<br />

estrela massiva esgotou todas as suas opções de usar a fusão termonuclear<br />

para gerar energia, porque qualquer outra fusão vai antes requerer que liberar<br />

energia. Privada da fonte de energia por meio da fusão termonuclear, o<br />

núcleo da estrela vai entrar em colapso sob seu próprio peso, depois<br />

ricocheteará instantaneamente numa explosão titânica conhecida como<br />

supernova, superando em brilho um bilhão de sóis por mais de uma semana.

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