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humanos e mais de 90% de todos os átomos no cosmos, incluindo o Sol e<br />
seus planetas gigantes. O hidrogênio dentro do núcleo do planeta mais<br />
massivo do Sol, Júpiter, sofre tanta pressão das camadas sobrejacentes que<br />
ele se comporta mais como um metal eletromagneticamente condutor que<br />
como um gás, e ajuda a criar o campo magnético mais forte entre os planetas<br />
do Sol. O químico inglês Henry Cavendish descobriu o hidrogênio em 1766,<br />
quando fazia experiências com H 2 O (hydro-genes é a palavra grega para<br />
formação de água, cujo gen aparece em palavras como “genético”), embora<br />
sua fama entre os astrônomos resida no fato de ter sido a primeira pessoa a<br />
calcular a massa da Terra com precisão, medindo a constante gravitacional G<br />
que aparece na famosa equação de Newton para a gravidade. A cada<br />
segundo de cada dia e noite, 4,5 bilhões de toneladas de núcleos de<br />
hidrogênio velozes (prótons) colidem entre si para criar núcleos de hélio<br />
dentro do núcleo do Sol de 15 milhões de graus (Celsius). Cerca de 1% da<br />
massa envolvida nessa fusão se transforma em energia, deixando os outros<br />
99% sob a forma de hélio.<br />
Hélio, o segundo elemento mais abundante no universo, pode ser<br />
encontrado sobre a Terra apenas em algumas bolsas subterrâneas que<br />
capturam esse gás. A maioria de nós conhece apenas o lado extravagante do<br />
hélio, que se pode testar comprando amostras sem receita médica. Quando<br />
você inala hélio, a baixa densidade desse elemento em comparação com os<br />
gases atmosféricos aumenta a frequência vibratória dentro de sua traqueia,<br />
fazendo você soar como Mickey Mouse. O cosmos contém quatro vezes mais<br />
hélio que todos os outros elementos combinados (sem contar o hidrogênio).<br />
Um dos pilares da cosmologia do big bang é a predição de que por todo o<br />
cosmos não menos que aproximadamente 8% de todos os átomos são hélio,<br />
manufaturados pela bola de fogo bem misturada e primeva durante sua<br />
agonia imediata pós-nascimento. Como a fusão termonuclear do hidrogênio<br />
dentro das estrelas produz hélio adicional, algumas regiões do cosmos podem<br />
acumular mais do que sua cota inicial de 8% de hélio, mas – exatamente<br />
como prediz o modelo do big bang – ninguém jamais encontrou uma região<br />
de nossa galáxia ou de outra qualquer galáxia com menos.<br />
Alguns trinta anos antes que descobrissem e isolassem o hélio sobre a<br />
Terra, os astrofísicos tinham detectado hélio no Sol pelas características<br />
reveladoras que viram no espectro de luz do Sol durante o eclipse total de<br />
1868. Eles naturalmente deram a esse material antes desconhecido o nome<br />
de hélio em referência a Helios, o deus grego do Sol. Com 92% do poder de<br />
flutuação do hidrogênio no ar, mas sem as características explosivas do<br />
hidrogênio que destruíram o dirigível alemão Hindenburg, o hélio fornece o<br />
gás favorito para os bonecos de balão gigantes do desfile do Dia de Ação de<br />
Graças da Macy, colocando a célebre loja de departamentos apenas atrás dos<br />
militares americanos na lista dos maiores consumidores de hélio no mundo.<br />
Lítio, o terceiro elemento mais simples do universo, tem três prótons em<br />
cada núcleo. Como o hidrogênio e o hélio, o lítio foi criado logo depois do big<br />
bang, mas ao contrário do hélio, que é frequentemente criado em reações