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CAPÍTULO 16<br />

Procurando por vida no sistema solar<br />

A possibilidade de vida mais além da Terra tem criado novos nomes de<br />

ofícios, aplicáveis apenas a alguns indivíduos, mas potencialmente capazes de<br />

crescimento repentino. Os “astrobiólogos” ou “bioastrônomos” lidam com as<br />

questões apresentadas pela vida mais além da Terra, quaisquer que sejam as<br />

formas que essa vida possa assumir. Por ora, os astrobiólogos só podem<br />

especular sobre a vida extraterrestre ou simular condições extraterrestres, às<br />

quais eles expõem as formas de vida terrestre, testando como poderiam<br />

sobreviver a situações duras e desconhecidas, ou submetem misturas de<br />

moléculas inanimadas, criando uma variante do experimento clássico de<br />

Miller-Urey ou um comentário sobre a pesquisa de Wächtershäuser. Essa<br />

combinação de especulação e experimento os tem levado a várias conclusões<br />

geralmente aceitas, que – na medida em que descrevem o universo real –<br />

possuem implicações altamente significativas. Os astrobiólogos agora<br />

acreditam que a existência da vida por todo o universo requer:<br />

1. uma fonte de energia;<br />

2. um tipo de átomo que permita a existência de estruturas complexas;<br />

3. um solvente líquido em que as moléculas possam flutuar e interagir; e<br />

4. tempo suficiente para que a vida nasça e evolua.<br />

Nessa lista curta, os requisitos (1) e (4) apresentam apenas barreiras<br />

baixas à origem da vida. Toda estrela no cosmos fornece uma fonte de<br />

energia, e à exceção das mais massivas que constituem 1% do número total,<br />

as estrelas duram centenas de milhões ou bilhões de anos. O nosso Sol, por<br />

exemplo, tem fornecido à Terra um suprimento constante de calor e luz<br />

durante os últimos 5 bilhões de anos, e vai continuar a fazê-lo por mais 5<br />

bilhões de anos. Além disso, percebemos agora que a vida pode existir sem luz<br />

solar, tirando sua energia do aquecimento geotérmico e de reações químicas.<br />

A energia geotérmica provém em parte da radioatividade de isótopos de<br />

elementos como o potássio, o tório e o urânio, cuja desintegração ocorre ao<br />

longo de escalas de tempo medidas em bilhões de anos – uma escala de<br />

tempo comparável ao período de vida de todas as estrelas semelhantes ao Sol.<br />

Sobre a Terra, a vida satisfaz o ponto (2), o requisito de um átomo construtor<br />

de estruturas, com o elemento carbono. Cada átomo de carbono pode se ligar<br />

com um, dois, três ou quatro outros átomos, o que o torna o elemento crucial<br />

na estrutura de toda a vida que conhecemos. Em contraste, cada átomo de<br />

hidrogênio pode se ligar a somente um outro átomo, e o oxigênio a somente

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