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nucleares subsequentes, o lítio será destruído por toda reação nuclear que<br />

ocorre nas estrelas. Por isso, não esperamos encontrar nenhum objeto ou<br />

região com o lítio presente em quantidades maiores do que a abundância<br />

relativa mais ou menos pequena – não mais que 0,0001% do total –<br />

produzida no universo primitivo. Conforme predito por nosso modelo de<br />

formação de elementos durante a primeira meia hora, ninguém ainda<br />

descobriu uma galáxia com mais lítio que esse limite superior. A combinação<br />

do limite superior para o hélio e o limite inferior para o lítio nos municia com<br />

uma restrição dual potente para aplicar no momento de testar a teoria da<br />

cosmologia do big bang. Um teste semelhante do modelo big bang do<br />

universo, que ele tem passado com grande facilidade, compara a abundância<br />

dos núcleos de deutério, cada um dos quais tem um próton e um nêutron,<br />

com a quantidade de hidrogênio comum. A fusão durante os primeiros<br />

minutos produziu esses dois núcleos, mas criou muito mais núcleos de<br />

hidrogênio simples (apenas um próton).<br />

Como o lítio, os dois elementos seguintes na tabela periódica, o berílio e o<br />

boro (com quatro e cinco prótons, respectivamente, em cada núcleo) devem<br />

sua origem principalmente à fusão termonuclear no universo primitivo, e eles<br />

aparecem apenas em números relativamente modestos por todo o cosmos. A<br />

escassez sobre a Terra dos três elementos mais leves depois do hidrogênio e<br />

do hélio transforma-os em má notícia para aqueles que por acaso os ingerem,<br />

porque a evolução se processou essencialmente sem encontrá-los. É<br />

intrigante que doses controladas de lítio parecem aliviar certos tipos de<br />

doença mental.<br />

Com o carbono, o elemento número seis, a tabela periódica salta para<br />

uma gloriosa florescência. Os átomos de carbono, com seis prótons em cada<br />

núcleo, aparecem em mais tipos de moléculas do que a soma de todas as<br />

moléculas que não contêm carbono combinadas. A abundância cósmica dos<br />

núcleos de carbono – forjados nos núcleos das estrelas, chacoalhados e<br />

enviados para suas superfícies e liberados em quantidades copiosas na galáxia<br />

da Via Láctea – junta-se à sua facilidade em formar combinações químicas<br />

para tornar o carbono o melhor elemento em que basear a química e a<br />

diversidade da vida. Superando o carbono em abundância apenas por uma<br />

pequena margem, o oxigênio (oito prótons por núcleo) também se mostra<br />

um elemento altamente reativo e abundante, forjado de forma semelhante<br />

dentro de estrelas envelhecidas e estrelas que explodem como supernovas,<br />

sendo por elas liberado. Tanto o oxigênio como o carbono constituem os<br />

principais ingredientes para a vida como a conhecemos. Os mesmos processos<br />

criaram e distribuíram o nitrogênio, o elemento número sete, que também<br />

aparece em grandes quantidades por todo o universo.<br />

Mas, o que dizer da vida como não a conhecemos? Outros tipos de vida<br />

usariam um elemento diferente como o coração de suas formas complexas?<br />

Que tal a vida baseada no silício, o elemento número 14? O silício se acha<br />

diretamente abaixo do carbono, o que significa (vejam como a tabela pode ser<br />

útil para aqueles que conhecem seus segredos) que o silício pode criar os

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